Rafael Reis

Rafael Reis

Siga nas redes
Reportagem

Chelsea torra R$ 5,7 bi em um ano e monta 'pior time' desde década de 1980

Ao longo do último ano, nenhum time de futebol do planeta gastou mais dinheiro com contratações do que o Chelsea.

Nas três primeiras janelas de transferências sob administração do bilionário norte-americano Todd Boehly, que comprou o clube do magnata russo Roman Abramovich, os "Blues" torraram 1,07 bilhão de euros (R$ 5,7 bilhões) na aquisição de 28 jogadores para reconstruir seu elenco.

Com um investimento desse porte, completamente fora dos padrões até mesmo do endinheirado futebol europeu, o Chelsea deveria estar na liderança do Campeonato Inglês e ser favorito a todos os títulos da temporada, certo? Mas não é bem isso que está acontecendo.

De mal a pior

Após seis rodadas da Premier League, o time de Stamford Bridge ocupa a 14ª colocação. Com cinco pontos ganhos até o momento, está mais próximo da zona de rebaixamento (o Luton Town tem só um ponto) do que da classificação para a próxima Liga dos Campeões (o Tottenham soma 14).

Considerando a soma dos desempenhos da temporada passada e da atual, o aproveitamento da equipe na "era Boehly" é de somente 40,8% dos pontos disputados, uma marca bem abaixo do esperado para um integrante do "Big 6" do futebol inglês.

A última vez em que o Chelsea se mostrou tão pouco competitivo assim foi 36 anos atrás. Em 1987/88, o time conquistou só 38,3% dos pontos colocados em jogo (considerando os critérios de pontuação atuais) e acabou rebaixado para a segunda divisão. Só que, naquela época, o investimento recebido pelo clube não fazia nem cócegas no atual.

Futuro melhor?

Em Stamford Bridge, a esperança é que o clube esteja passando por uma fase de transição e melhorará de desempenho conforme os inúmeros jovens contratados pela atual gestão forem ganhando experiência.

Continua após a publicidade

De fato, a maioria absoluta da fortuna investida pelos "Blues" no último ano foi gasta em reforços pensando no futuro, jogadores com no máximo 23 ou 24 anos. Três garotos brasileiros entraram nesse barco: o volante Andrey Santos (ex-Vasco), 19, e os atacantes Ângelo e Deivid Washington (ex-Santos), 18.

Na esperança de antecipar esse futuro e voltar a brigar por posições mais condizentes com sua história recente no Inglês, o Chelsea volta a campo na segunda-feira, contra o Fulham, 11º na classificação atual.

Reforços mais caros do Chelsea na 'era Boehly'

1 - Enzo Fernández (M, ARG, 2023): 121 milhões de euros
2 - Moisés Caicedo (V, EQU, 2023): 116 milhões de euros
3 - Wesley Fofana (Z, FRA, 2022): 80,4 milhões de euros
4 - Mykhaylo Mudryk (MA, UCR, 2023): 70 milhões de euros
5 - Marc Cucurella (LE, ESP, 2022): 65,3 milhões de euros
6 - Roméo Lavia (V, BEL, 2023): 62,1 milhões de euros
7 - Christopher Nkunku (MA, FRA, 2023): 60 milhões de euros
8 - Raheem Sterling (A, ING, 2022): 56,2 milhões de euros
9 - Cole Palmer (MA, ING, 2023): 47 milhões de euros
10 - Axel Disasi (Z, FRA, 2023): 45 milhões de euros

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes