Rafael Reis

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Como Bruno Lage fez liderança do Botafogo virar a pior fase da sua carreira

Bruno Lage assumiu o Botafogo ao término da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, a equipe alvinegra tinha 12 pontos de vantagem para o Flamengo, então vice-líder da competição.

Dois meses e nove rodadas se passaram desde então. O time de General Severiano ainda continua na ponta da Série A, mas já sem a mesma segurança de antes. Afinal, parte da gordura que tinha para seu oponente mais próximo já foi queimada.

Hoje, a diferença para o Palmeiras, segundo colocado na classificação, é de apenas sete pontos (51 a 44). E ainda falta mais de um terço do campeonato para ser jogado (14 rodadas). Preocupante, não?

Pior momento da carreira

Aquele que era para ser um dos momentos mais positivos da carreira de Lage, um treinador de 47 anos que só tem dois títulos na carreira (um Português e uma Supertaça de Portugal, ambos pelo Benfica), acabou se transformando na fase mais negativa da sua trajetória profissional.

Pela primeira vez desde que começou a dirigir times adultos, em 2018, o técnico emendou quatro derrotas consecutivas. A sequência começou com a eliminação da Copa Sul-Americana (para o Defensa y Justicia), no fim de agosto, e se arrastou aos três compromissos mais recentes na Série A (Flamengo, Atlético-MG e Corinthians).

Antes da série inédita de tropeços, Lage nunca havia perdido mais do que três jogos em sequência. Isso aconteceu em duas oportunidades enquanto dirigia o Wolverhampton na Premier League inglesa, entre 2021 e 2022.

Aproveitamento de ameaçado

O derretimento da vantagem do Botafogo na ponta do Brasileiro é resultado de um trabalho muito abaixo da expectativa feito por Lage. Com quatro vitórias, seis empates e quatro derrotas, o sucessor de Luís Castro (hoje no Al-Nassr, da Arábia Saudita) conquistou 42,8% dos pontos que disputou no clube.

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Esse aproveitamento é semelhante ao do Corinthians, 11º colocado no Brasileiro, que está apenas cinco pontos acima da zona de rebaixamento e tem como principal missão para a reta final da temporada se manter na primeira divisão.

Na segunda-feira, o Botafogo recebe o Goiás para tentar melhorar um pouco esse aproveitamento, encerrar a pior sequência da carreira do seu técnico e ganhar um fôlego novo na corrida pelo título que não ganha há quase três décadas (venceu em 1995).

As piores sequências de derrotas de Bruno Lage em cada time

BOTAFOGO: 4 (Defensa y Justicia, Flamengo, Atlético-MG e Corinthians)
WOLVERHAMPTON: 3 (Newcastle, Burnley e Brighton; Arsenal, West Ham e Crystal Palace)
BENFICA: 2 (Santa Clara e Marítimo; Braga e Shakhtar Donetsk)
BENFICA B: 2 (Paços Ferreira e Penafiel)

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