Rafael Reis

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De Portugal a Juventude: como foi o 1º trabalho pós-seleção de cada técnico

Quase dez meses depois da eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar-2022, Tite está prestes a definir qual será o seu próximo desafio profissional.

O treinador é o favorito para substituir o argentino Jorge Sampaoli, recém-demitido do comando do Flamengo, e também tem em mãos propostas para dirigir times nos Estados Unidos e na Arábia Saudita.

Mas você lembra como foi o primeiro trabalho pós-seleção dos técnicos que passaram pelo time canarinho nas últimas décadas?

O "Blog do Rafael Reis" mostra que alguns deles conseguiram emplacar uma carreira na Europa, destino que era o desejo de Tite, mas outros tiveram de se contentar com empregos bem menos glamurosos do que comandar a seleção mais vitoriosa da história do futebol.

O pós-seleção dos técnicos do Brasil

SEBASTIÃO LAZARONI (1990): Mesmo com a eliminação precoce do Brasil na Copa-1990, ficou internacionalmente conhecido e descolou uma vaga para dirigir a Fiorentina em 1992. Lazaroni ainda passou por Al-Hilal, Bari e León antes de voltar a trabalhar no seu país-natal.

PAULO ROBERTO FALCÃO (1991): O "Rei de Roma" ficou só 17 jogos no comando da seleção, mas teve um papel importante na reformulação do elenco canarinho. Após deixar a equipe nacional, mudou-se para o México e teve uma vitoriosa passagem pelo América, com direito a título da Concachampions.

CARLOS ALBERTO PARREIRA (1994): A conquista do tetra deu a Parreira a oportunidade de começar uma carreira na Europa. Após a Copa-1994, ele passou uma temporada no comando do Valencia. No ano seguinte, foi campeão turco com o Fenerbahce.

ZAGALLO (1998): O único homem a participar ativamente da conquista de quatro Copas do Mundo ainda esticou um pouco sua carreira de treinador ao deixar a seleção. Primeiro, passou alguns meses dirigindo a Portuguesa. Depois, fez o Flamengo vencer o Estadual do Rio e a Copa dos Campeões.

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VANDERLEI LUXEMBURGO (2000): Demitido da seleção depois da eliminação na Olimpíada de Sydney-2000, Luxa retornou no ano seguinte para o mesmo clube onde trabalhava antes de ser contratado pela CBF. Nessa nova passagem pelo Corinthians, foi campeão paulista.

EMERSON LEÃO (2001): A pouco inspirada passagem do ex-goleiro pela seleção não abriu muitas portas para o treinador, que precisou recomeçar no Juventude meses após ser demitido pela CBF. No ano seguinte, Leão levou o Santos ao título brasileiro, e aí sim recolocou sua carreira em um patamar mais alto.

FELIPÃO (2002): O título da Copa-2002 alavancou o nome de Luiz Felipe Scolari, que conseguiu realizar seu "sonho europeu" ao assinar com a seleção portuguesa. Felipão revolucionou a equipe lusa e a colocou entre as melhores do mundo. Sua passagem foi marcada pelo vice-campeonato da Euro-2004 (como mandante) e pelas semifinais da Copa-2006.

CARLOS ALBERTO PARREIRA (2006): O técnico do tetra continuou no mercado das seleções depois da sua segunda passagem pela seleção. Em 2007, ele assumiu a África do Sul, país anfitrião da Copa seguinte. E, com uma breve pausa no meio do caminho para dirigir o Fluminense, permaneceu no cargo até o Mundial.

DUNGA (2010): Depois de estrear como treinador já na seleção, o capitão do tetra demorou dois anos e meio para assumir pela primeira um clube. Dunga ficou dez meses no comando do Inter e foi campeão gaúcho.

MANO MENEZES (2012): Ficou meio ano desempregado até ser contratado pelo Flamengo, onde fez um dos piores trabalhos da sua carreira. Mano ficou só três meses no Rio, e foi embora deixando um time ameaçado de rebaixamento.

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FELIPÃO (2014): A derrota por 7 a 1 na semifinal da Copa não foi suficiente para queimar o filme de Felipão com o Grêmio. O treinador selou a volta ao Rio Grande do Sul menos de um mês depois do encerramento da Copa do Mundo, mas não conseguiu ganhar nem o Estadual.

DUNGA (2016): A segunda passagem de Dunga pela seleção foi marcada por campanhas ruins em duas edições da Copa América e também nas eliminatórias da Rússia-2018. Demitido após quase dois anos no cargo, nunca mais voltou a trabalhar como treinador.

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