Rafael Reis

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'Rei dos pênaltis', goleiro do Boca defende mais da metade das cobranças

Para se classificar para a terceira final de Copa Libertadores da América em quatro edições disputadas desde a chegada do técnico Abel Ferreira, o Palmeiras precisa de uma vitória por qualquer placar sobre o Boca Juniors, amanhã, no Allianz Parque.

A outra forma de conquistar a vaga para a decisão (empate no tempo normal e triunfo na disputa dos pênaltis) provoca desde já calafrios no torcedor alviverde.

Afinal, se não resolver a fatura nos 90 minutos regulamentares (mais acréscimos), o Palmeiras terá de definir sua vida no torneio continental contra um goleiro que defende mais da metade dos penais disparados contra sua meta.

Rei dos pênaltis

Ex-goleiro do Manchester United e titular da seleção argentina nas Copas do Mundo de 2010 e 2014, Sergio Romero é um dos maiores pegadores de pênalti do futebol mundial.

Desde que desembarcou no Boca, em agosto do ano passado, após 15 temporadas atuando na Europa, "Chiquito" defendeu nada menos que dez dos 19 pênaltis que foram cobrados contra ele.

No mesmo período, Weverton, o dono da meta do Palmeiras, só conseguiu impedir que um dos 11 pênaltis batidos por seus adversários balançasse as redes alviverdes. A diferença de aproveitamento é gritante: o argentino defendeu 52,6% das cobranças e o brasileiro, 9,1%.

Trauma

Graças à habilidade de Romero, o Boca venceu as três disputas de pênalti das quais participou neste ano. Tanto nas oitavas (Nacional-URU) quanto nas quartas de final da Libertadores (Racing), a vaga foi conquistada dessa maneira. Foi assim também que o time bateu o Almagro, no mês passado, pela Copa Argentina.

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O Palmeiras, por outro lado, tem um trauma histórico com a combinação entre penalidades e a equipe da Bombonera.

O time alviverde já perdeu dois mata-matas para o Boca no "pós-jogo". Em 2000, a derrota foi na final. E, em 2001, na semi. Nas duas ocasiões, assim como na atual temporada, os brasileiros empataram o primeiro jogo fora e tiveram a vantagem não aproveitada de decidir em casa.

'Palmeiras é Brasil'

Caso o Palmeiras desbanque o Boca e se classifique para a decisão, o título da Libertadores irá para um clube brasileiro pelo quinto ano consecutivo, já que a outra semifinal reúne Internacional e Fluminense. Essa marca jamais foi atingida pelo futebol pentacampeão mundial em mais de seis décadas de história da competição.

Apesar do domínio recente, construído graças às conquistas do Flamengo (2019 e 2022) e do próprio Palmeiras (2020 e 2021), o Brasil ainda continua atrás da Argentina no ranking de taças levantadas: 25 a 22.

Neste ano, a Libertadores continua adotando o modelo de final em jogo único e com sede pré-definida. A decisão está marcada para o dia 4 de novembro e será jogada no estádio do Maracanã, que já foi palco do jogo do título de 2020.

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