Rafael Reis

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Atacante sem gol, Matheus Cunha é menos artilheiro que zagueiros da seleção

Um dos nomes mais questionados das convocações de Fernando Diniz para a seleção brasileira, Matheus Cunha tem se notabilizado por ser um centroavante que quase não faz gols.

Presente nas duas listas já apresentadas pelo treinador, o camisa 12 do Wolverhampton meteu apenas três bolas nas redes em 47 partidas disputadas desde o começo da temporada passada.

Até mesmo alguns selecionáveis que, ao contrário de Matheus Cunha, têm como principal missão em campo evitar gols adversários e não dar trabalho para os goleiros rivais, possuem desempenho ofensivo melhor que o dele.

No mesmo período, os zagueiros Bremer (Juventus) e Nino (Fluminense) marcaram cinco vezes cada. Já o volante Casemiro (Manchester United) comemorou tentos próprios em 13 oportunidades.

Mesmo já tendo movimentado 118 milhões de euros (quase R$ 650 milhões) em transferências ao longo da carreira, Matheus Cunha nunca teve uma fase realmente artilheira.

Seu recorde em uma única temporada é de 2017/18, quando disputava o Campeonato Suíço pelo Sion e anotou dez gols. Depois que chegou à elite da Europa, seu melhor desempenho foi de nove tentos pelo RB Leipzig, em 2018/19.

Trajetória na seleção

Uma das principais referências ofensivas da seleção sub-23 na conquista da medalha de ouro dos Jogos de Tóquio-2020 e autor de um gol na final contra a Espanha, Matheus Cunha estreou pela equipe principal do Brasil logo depois da Olimpíada.

Sua primeira partida com a camisa canarinho foi a vitória por 1 a 0 sobre o Chile, no dia de 3 de setembro de 2021. No total, ele participou de seis rodadas das eliminatórias e mais dois amistosos preparatórios para a Copa do Mundo-2022.

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Deixado de fora da convocação de Tite para a competição no Qatar, Matheus Cunha voltou a ser lembrado assim que Fernando Diniz assumiu o comando da seleção. Até o momento, ele soma nove jogos pelo Brasil e não marcou nenhum gol.

Em clima de Copa

Após vencer seus dois primeiros compromissos nas eliminatórias da Copa-2026, contra Bolívia e Peru, a seleção brasileira inicia nesta semana mais uma rodada dupla do torneio classificatório.

Na quinta-feira, o time de Diniz recebe a Venezuela, na Arena Cuiabá. Na sequência, viaja a Montevidéu para o confronto com o Uruguai, marcado para a terça da próxima semana (17 de outubro).

Com a ampliação no número de participantes do torneio da Fifa (que agora terá 48 seleções, e não mais 32), os seis primeiros colocados no qualificatório da Conmebol carimbarão o passaporte para o Canadá/Estados Unidos/México-2026. E a sétima melhor equipe ainda terá uma nova chance de classificação na repescagem mundial.

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