Boca é rico? Clube fatura mais que o Flu, mas menos que top 3 brasileiro
Edinson Cavani é um dos maiores artilheiros da história do Paris Saint-Germain. O goleiro Sergio Romero e o capitão Marcos Rojo foram companheiros de Manchester United durante cinco temporadas. E ainda há ex-jogadores de Olympique de Marselha (Darío Benedetto), RB Leipzig (Marcelo Saracchi) e Fiorentina (Facundo Roncaglia).
Quem vê o elenco do Boca Juniors com vários jogadores acostumados a atuar no primeiro escalão do futebol europeu automaticamente já pensa que o adversário do Fluminense na final da Copa Libertadores da América, neste sábado, tem dinheiro de sobra.
Mas será que os "xeneizes", mesmo oriundos de um país que vive uma delicada situação econômica, são tão ricos assim? O "Blog do Rafael Reis" deu uma vasculhada nas contas do time argentino, que são públicas, para responder essa pergunta.
Arrecadação
De acordo com orçamento apresentado pela diretoria aos sócios do Boca no último mês de junho, a previsão de faturamento do clube para a temporada 2023/24 é de 35,5 bilhões de pesos (R$ 510 milhões).
Classificação e jogos
A estimativa, no entanto, não leva em consideração possíveis vendas de jogadores que a equipe da Bombonera possa fazer até junho de 2024. Só na última janela de transferências, já após a divulgação do relatório econômico, sua arrecadação com Mercado da Bola foi de 21,7 milhões de euros (R$ 115,1 milhões).
Portanto, o faturamento do Boca para este ano financeiro já é de 625,1 milhões. Em 2022, somente quatro clubes brasileiros tiveram arrecadações maiores: Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo. As receitas do Fluminense ficaram na casa de R$ 347,2 milhões.
Folha de pagamento
Também segundo o documento econômico aprovado pela assembleia do Boca, a folha salarial estimada pelos argentinos na atual temporada gira em torno de 6,7 trilhões de pesos (R$ 96,2 milhões). Há ainda 1,4 trilhão de pesos (R$ 20,1 milhões) separados para remuneração dos integrantes da comissão técnica.
Considerando apenas o custo dos jogadores, o clube argentino tem um gasto mensal de aproximadamente R$ 8 milhões com pagamento de salários.
Para o cenário brasileiro, esse está longe de ser dos maiores investimentos (está mais ou menos no mesmo patamar do Fluminense). Flamengo, Palmeiras e Corinthians, por exemplo, por exemplo, gastam pelo menos o dobro desse valor com remunerações.
Penta do Brasil?
A partida entre Fluminense e Boca Juniors será a segunda decisão de Libertadores disputada no Maracanã desde que a Conmebol resolveu adotar o modelo de jogo único para definir o campeão continental. Em 2020, o Palmeiras levou a melhor sobre o Santos no estádio carioca.
Caso a taça fique com o "time da casa", esse será o quinto ano consecutivo que um clube brasileiro se consagra como melhor do continente, marca que jamais foi atingida pelo futebol pentacampeão mundial em mais de seis décadas de história da competição.
Apesar do domínio recente, construído graças às conquistas do Flamengo (2019 e 2022) e do Palmeiras (2020 e 2021), o Brasil ainda continua atrás da Argentina no ranking de troféus levantados: 25 a 22. E permanecerá na segunda posição do ranking independentemente do que aconteça no sábado.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.