Rafael Reis

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Por que o Boca tem fama de 'demolidor' de brasileiros na Libertadores?

O Fluminense terá pela frente na decisão da Copa Libertadores da América-2023, sábado, no estádio do Maracanã, um adversário mais que acostumado a atormentar a vida de clubes brasileiros.

O Boca Juniors, segundo maior vencedor da história da competição (seis títulos, menos apenas que o Independiente), é também a grande pedra no caminho dos representantes do futebol pentacampeão mundial.

O time da Bombonera tem retrospecto positivo (mais vitórias do que derrotas) contra oito dos 13 adversários brasileiros com quem já se deparou no torneio interclubes número um da Conmebol.

O "freguês" número um do Boca é o Palmeiras, a quem já derrotou cinco vezes na Libertadores (e sofreu só duas derrotas). Curiosamente, os argentinos eliminaram o time alviverde nas semifinais deste ano, mas sem vencer nenhuma partida -com dois empates e triunfo nos pênaltis.

Além da equipe paulista, Cruzeiro, Atlético-MG, Athletico-PR, Grêmio, São Caetano, Vasco e Internacional também não têm boas lembranças da tradicional camisa azul e amarela.

De todos os times brasileiros que já cruzaram o caminho do Boca na competição continental, somente Corinthians e Santos podem bater no peito e falar que ganharam mais do que perderam do gigante argentino.

Curiosamente, ambos tiveram a honra de conquistar títulos da Libertadores sobre o peso-pesado da Bombonera: os santistas ganharam em 1963, durante a "era Pelé", e o Corinthians, em 2012.

E o Fluminense?

O finalista desta edição da Libertadores faz parte de um terceiro grupo de brasileiros. Assim como Flamengo e Paysandu, o Fluminense está em "empate técnico" nos confrontos diretos com o Boca.

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As equipes já se enfrentaram em seis oportunidades, com duas vitórias para cada lado e mais dois empates.

O Flu levou a melhor em uma partida das semifinais de 2008 (3 a 1) e em um jogo da fase de grupos de 2012 (2 a 1). Em compensação, foi derrotado uma vez na etapa classificatória (2 a 0) e outra nas quartas de final (1 a 0) do torneio disputado 11 anos atrás.

Também há igualdade no número de eliminações em mata-matas: os brasileiros superaram os argentinos na semi de 2008 e foram eliminados por eles nas quartas de 2012.

Penta do Brasil?

A partida entre Fluminense e Boca Juniors será a segunda decisão de Libertadores disputada no Maracanã desde que a Conmebol resolveu adotar o modelo de jogo único para definir o campeão continental. Em 2020, o Palmeiras levou a melhor sobre o Santos no estádio carioca.

Caso a taça fique com o "time da casa", esse será o quinto ano consecutivo que um clube brasileiro se consagra como melhor do continente, marca que jamais foi atingida pelo futebol pentacampeão mundial em mais de seis décadas de história da competição.

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Apesar do domínio recente, construído graças às conquistas do Flamengo (2019 e 2022) e do Palmeiras (2020 e 2021), o Brasil ainda continua atrás da Argentina no ranking de troféus levantados: 25 a 22. E permanecerá na segunda posição do ranking independentemente do que aconteça no sábado.

Boca x brasileiros na Libertadores

Palmeiras: 5 vitórias, 5 empates e 2 derrotas
Corinthians: 2 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
Cruzeiro: 5 vitórias, 1 empate e 3 derrotas
Santos: 3 vitórias, 1 empate e 4 derrotas
Fluminense: 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas
Atlético-MG: 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Athletico-PR: 3 vitórias e 1 derrota
Grêmio: 2 vitórias
São Caetano: 1 vitória e 1 empate
Flamengo: 1 vitória e 1 derrota
Vasco: 2 vitórias
Paysandu: 1 vitória e 1 derrota
Internacional: 2 vitórias

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