Rafael Reis

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Brilho no Mundial sub-17 pode deixar Estevão mais caro que Endrick

A grande atuação de Estevão na goleada por 9 a 0 aplicada sobre a Nova Caledônia, na terça-feira, não apenas resgatou a seleção brasileira no Mundial sub-17 e transformou o jovem do Palmeiras em destaque na imprensa europeia.

Ela também serviu para fazer crescer a ideia de que o meia-atacante de 16 anos pode superar os números de Endrick e se transformar, em um futuro próximo, na maior venda já realizada pela equipe alviverde.

O valor fixo da transferência do centroavante para o Real Madrid é de 35 milhões de euros (R$ 184,6 milhões). O negócio pode chegar até a casa de 60 milhões de euros (R$ 316,4 milhões) dependendo das metas que forem atingidas pelo jogador. Até o momento, o clube paulista já assegurou o recebimento de 41,5 milhões de euros (R$ 218,9 milhões).

Mundial sub-17 pode ser a alavanca

Apesar de ainda não estreado pelo time principal do Palmeiras, Estevão já recebeu uma proposta de 40 milhões de euros (R$ 210,9 milhões, na cotação atual) para se transferir para o Paris Saint-Germain.

A expectativa é que uma boa performance no Mundial sub-17 tenha o peso de valorizar ainda mais o jogador e torná-lo alvo de ofertas ainda mais tentadoras do que a recusada pelo Palmeiras no fim do ano passado.

Na terça, após a partida contra a Nova Caledônia, o jornal espanhol "As" publicou que o adolescente pode seguir os passos de Endrick e se transformar no "próximo gênio do futebol brasileiro". Na ocasião, o camisa 20 marcou um gol e deu três assistências.

Mesmo que seja vendido nos próximos meses, Estevão terá de permanecer no Brasil (muito provavelmente no Palmeiras) até a janela de julho de 2025, quando terá os 18 anos necessários para completar uma transferência internacional.

Quem é Estevão?

Apelidado de "Messinho" por conta do seu talento com a bola nos pés, Estevão passou pelas categorias de base do Cruzeiro antes de ser levado para as equipes menores do Palmeiras, em 2021.

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O jogador de 16 anos já foi campeão paulista sub-15 e sub-17, ganhou as duas últimas edições da Copa do Brasil e do Brasileiro sub-17 e fez parte do elenco que venceu pela segunda vez consecutiva a Copa São Paulo, em janeiro.

Além dele, outros três jogadores do Palmeiras estão servindo a seleção no Mundial juvenil: o zagueiro Vitor Reis e os atacantes Riquelme e Luighi. Nascido em abril de 2007, Estevão é o caçula do grupo.

Primeira decisão

Apesar da goleada histórica aplicada sobre a Nova Caledônia, o Brasil não está em situação tão confortável assim no Mundial sub-17.

Para ter certeza que irá se classificar às oitavas de final, o time de Estevão precisa derrotar a Inglaterra, que ganhou seus dois primeiros jogos na competição, amanhã (a partir das 9h, de Brasília).

Caso empate ou seja derrotada, a equipe canarinho provavelmente terminará o Grupo C na terceira posição e dependerá de outros resultados para evitar uma eliminação precoce -os quatro melhores terceiros colocados de chave continuam vivos, e os dois piores vão embora.

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O Brasil é o atual campeão e também o segundo maior vencedor da história dos Mundiais sub-17, com quatro títulos, um a menos que a Nigéria. Em 2019, na última edição realizada do torneio, levantou a taça com uma geração que tinha Gabriel Veron, Kaio Jorge e Yan Couto como principais nomes.

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