Rafael Reis

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Mais forte da história? Mundial de Clubes está cheio de times em fase ruim

Com as presenças de um time anfitrião todo cheio da grana e com astros do porte de Karim Benzema, N'Golo Kanté e Fabinho, do técnico mais badalado do planeta (Pep Guardiola, do Manchester City), da equipe número um da África (Al-Ahly, do Egito) e dos sempre respeitáveis campeões da Libertadores e da Concacaf, o Mundial de Clubes-2023 tinha tudo para ser o mais forte de toda a história da competição.

Mas a realidade das últimas semanas mudou completamente esse cenário. O torneio da Fifa começa hoje, com o confronto entre os locais do Al-Ittihad e os neozelandeses do Auckland City, na Arábia Saudita, expondo o mau momento vivido por seus participantes.

Apesar de teoricamente serem as maiores forças dos campeonatos que disputam (visto os títulos que os levaram ao Mundial), todos os sete times que correm atrás do troféu de "melhor do planeta" têm tido mais tropeços do que esperado. E dois deles até perderam mais do que ganharam nos seus cinco últimos compromissos oficiais.

Nem City escapa

Até mesmo o City, vencedor das três últimas edições da Premier League, atual campeão europeu e favorito ao título do Mundial, anda vivendo dias turbulentos.

Nos últimos 30 dias, a equipe só venceu duas partidas. Com isso, caiu da liderança para a quarta colocação do Campeonato Inglês e já está quatro pontos atrás do Liverpool, primeiro colocado na classificação. Para piorar, seus dois principais jogadores, Erling Haaland e Kevin de Bruyne, estão machucados e ninguém sabe em que estado chegarão ao torneio global.

O Al-Ittihad, mais provável adversário do Fluminense na semifinal, também não imaginava uma temporada tão turbulenta. Mesmo com estrelas globais no elenco, está só na quinta posição do Saudita e, mesmo com a temporada na metade, praticamente já deu adeus à briga pelo título nacional.

Em crise, o clube precisou até mudar de técnico no mês passado. O português Nuno Espírito Santo, que havia tido problemas de relacionamento com Benzema, foi demitido e cedeu seu lugar para o argentino Marcelo Gallardo (ex-River Plate). Com a troca, os resultados melhoraram, mas não tanto assim.

Edição de despedida

O Mundial de Clubes-2023 marcará a despedida do formato que vem sendo utilizado pela Fifa desde 2005 e que, curiosamente, ainda não consagrou nenhum dos times participantes desta edição.

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A partir de 2025, a competição destinada a escolher o melhor time de futebol do planeta não será mais anual, mas sim com periodicidade de quatro anos, e reunirá 32 clubes por vez.

Nesse novo e estendido Mundial, a América do Sul terá direito a seis vagas. Três delas já estão preenchidas por equipes brasileiras: Palmeiras, Flamengo e Fluminense. O país ainda pode emplacar mais um clube, o vencedor da próxima Copa Libertadores da América.

A primeira edição do novo torneio da Fifa será disputada nos Estados Unidos, entre junho e julho de 2025, e servirá como evento-teste para a Copa do Mundo do ano seguinte.

Últimos 5 resultados dos times do Mundial

Al-Ittihad (ARA): 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Fluminense (BRA): 3 vitórias e 2 derrotas
Manchester City (ING): 2 vitórias, 2 empates e 1 derrota
León (MEX): 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota
A-Ahly (EGI): 1 vitória e 4 empates
Auckland City (NZL): 2 vitórias e 3 derrotas
Urawa Red Diamonds (JAP): 2 vitórias e 3 derrotas

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do que foi informado, no novo Mundial, a América do Sul terá direito a seis vagas, e não quatro. O erro foi corrigido.

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