Rafael Reis

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Alvo do Palmeiras foi à Europa aos 11, morou em castelo e jogou 3ª divisão

Um dos principais desejos do Palmeiras para a próxima temporada, Cauly nasceu em Porto Seguro (BA) e disputou o recém-encerrado Campeonato Brasileiro pelo Bahia. Só que, apesar da origem genuinamente verde e amarela, é praticamente um jogador "europeu".

Afinal, o meio-campista de 28 anos mudou-se para a Alemanha ainda no fim da infância, fez praticamente toda sua trajetória nas categorias de base por lá e passou sete temporadas e meia atuando profissionalmente no Velho Continente.

Foi só em fevereiro que o camisa 8 assinou com o Bahia para ter sua primeira experiência no futebol brasileiro. Com quatro gols e sete assistências, foi o principal nome da equipe na campanha contra o rebaixamento para a Série B. E, assim, despertou o interesse do Palmeiras.

Do castelo à 3ª divisão

Cauly deixou o Brasil quando tinha 11 anos. Ao lado da mãe, cruzou o Oceano Atlântico para tentar uma vida melhor na Alemanha. Lá, morou durante algum tempo em um castelo (sim, aqueles castelos medievais), que servia como hotel e espaço para eventos. Era onde seu padrasto trabalhava.

Em 2008, dois anos depois de chegar à Europa, retomou seu sonho de virar um jogador de futebol e ingressou nas categorias de base do Colônia, onde permaneceria até a profissionalização.

Sem vaga para ser promovido à equipe adulta, acabou liberado para defender outro clube da cidade, o Fortuna, que disputava a terceira divisão do Campeonato Alemão.

O meia passou três anos na "Série C", depois jogou mais duas temporadas na segundona (Duisburg) e, só em 2019/20 estreou na Bundesliga, pelo modesto Paderborn. Só que sua passagem pela elite germânica durou míseros 13 jogos.

Na janela de janeiro de 2020, foi negociado com o Ludogorets, clube mais poderoso da Bulgária na atualidade. Na nova casa, ganhou três títulos nacionais e teve a oportunidade de disputar competições continentais (fase preliminar da Liga dos Campeões e etapa principal da Liga Europa) até ser vendido ao Bahia por 2,3 milhões de euros (R$ 12,3 milhões).

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Vai dar negócio?

A primeira investida do Palmeiras por Cauly foi devidamente recusada pelo Bahia. O clube nordestino recusou a proposta alviverde de R$ 24 milhões (praticamente o dobro do investimento feito no começo do ano) pelo jogador.

Mas a negativa foi insuficiente para convencer a equipe paulista a desistir do negócio. Uma nova oferta mais tentadora deve ser apresentada nos próximos dias.

O problema é que o Grupo City, conglomerado que é dono do Bahia, não tem interesse em se desfazer de Cauly, que terá de convencer seus patrões a liberá-lo caso deseje mesmo completar a transferência.

O meia é tratado como peça-chave do projeto de crescimento do clube previsto para os próximos anos. Sua multa rescisória é de 50 milhões de euros (R$ 268,2 milhões), ou seja, "impagável" para o mercado brasileiro.

Palmeiras no Mercado da Bola

Apesar da conquista do Campeonato Brasileiro pelo segundo ano consecutivo, o Palmeiras tem sido muito cobrado por seus torcedores para aumentar seus investimentos na chegada de novos jogadores.

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Até o momento, a equipe alviverde anunciou um reforço para a próxima temporada: o volante argentino Aníbal Moreno, que foi contratado do Racing por US$ 7 milhões (R$ 34,8 milhões).

Além de Cauly, o clube paulista também está negociando com o volante Caio Alexandre, destaque do Fortaleza. O colombiano Rafael Santos Borré (Werder Bremen) e o brasileiro Carlos Vinícius (Fulham) foram sondados como opções para o comando de ataque, mas, pelo menos até o momento, as negociações não evoluíram.

A ideia da diretoria do Palmeiras é que o elenco seja reforçado com mais três ou quatro atletas, fora Aníbal. Esse número pode ser ampliado dependendo de quais jogadores forem embora -o volante Jaílson não teve o contrato renovado, e o atacante Artur deve ser negociado com o Zenit São Petersburgo.

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