Rafael Reis

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Reportagem

Empresa encerra polêmica e troca uniforme que expunha corpos de jogadoras

Quatro meses depois do início da temporada, a Castore, empresa britânica de material esportivo, enfim realizou a troca do polêmico uniforme do Aston Villa.

O clube inglês recebeu um novo lote de camisas do seu patrocinador para substituir o modelo que vinha sendo frequentemente criticado pelos jogadores por causar prejuízo no desempenho esportivo e constrangimento por expor demais seus corpos.

A empresa já havia apresentado uma primeira atualização nos fardamentos em outubro, mas ela não foi suficiente para resolver o problema de acúmulo de água. A promessa agora é que o novo uniforme seja uma solução definitiva para a questão.

Ruim para eles, pior para elas

Ainda no começo da temporada, o elenco masculino do Villa fez uma reclamação formal para a diretoria sobre a qualidade para lá de duvidosa do jogo de camisas recebido para as competições de 2023/24.

Os jogadores alegavam que o uniforme provocava uma transpiração acima do normal e absorvia todo esse suor. Com isso, ficava pesado demais e grudava no corpo, o que prejudicava a execução de jogadas em alta velocidade.

O problema ficou ainda maior depois do início da versão feminina do Campeonato Inglês. Afinal, além da suposta perda de desempenho atestada pelos homens, as atletas mulheres precisaram lidar com um incremento na já histórica hipersexualização dos seus corpos.

Logo depois da primeira rodada da competição, fotos da atacante suíça Alisha Lehmann, jogadora mais famosa do clube, com o uniforme encharcado e colado no corpo, ressaltando os bicos dos seios e o contorno das nádegas viralizaram nas redes sociais.

'Culpa do patrocinador'

De acordo com a Castore, o problema do uniforme do Aston Villa não estava relacionado ao tecido com o qual as camisas foram fabricadas, mas sim ao peso excessivo da logomarca do patrocinador principal do time, a casa de apostas BK8.

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Essa seria a razão pela qual outros clubes cujas camisas são fabricadas pela marca, como Newcastle, Wolverhampton e Sevilla, não fizeram a mesma reclamação... pelo menos, não com a mesma intensidade.

Por conta dos inconvenientes provocados pelo uniforme desta temporada, o Aston Villa decidiu antecipar o fim da parceria com a Castore e encerrará o contrato em junho. Ou seja, em 2024/25, terá uma nova empresa fornecendo suas camisas.

Camisa da sorte?

Apesar do uniforme criticado pelos jogadores e pouco apropriado para prática do futebol em alto nível, o Aston Villa não tem muito o que reclamar desta primeira metade de temporada.

Sua equipe masculina faz uma campanha histórica na Premier League. Após vitórias consecutivas sobre Manchester City e Arsenal (ambas por 1 a 0), assumiu a terceira colocação e está somente dois pontos atrás do líder, Liverpool.

O técnico Unai Emery já tem sido até mesmo questionado nas entrevistas coletivas sobre a possibilidade de uma conquista de título inglês, algo que aconteceu pela última vez há mais de 40 anos (1980/81).

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Já o time feminino do Villa está fazendo aquilo que se espera dele, ou seja, permanecer na primeira divisão. Apesar da antepenúltima colocação na Women's Super League, tem dois pontos de vantagem para o West Ham, que hoje seria rebaixado.

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