Rafael Reis

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Muito ritmo e poucas assistências: como joga De la Cruz, reforço do Fla

O torcedor do Flamengo que imagina que o primeiro reforço do clube para a próxima temporada seja um grande municiador de atacantes e resolva um jogo atrás do outro provavelmente quebrará a casa.

Apesar da fama de craque construída no futebol sul-americano graças a uma vitoriosa passagem de seis anos e meio pelo River Plate, o uruguaio Nicolás de la Cruz é muito mais um consertador de time do que um definidor de partidas.

O irmão de Carlos Sánchez (ex-Santos) é um meio-campista completo, capaz de ocupar várias funções do setor e render bem em todas elas. Por outro lado, não costuma mostrar aquela criatividade toda e nem o poder de decisão que se espera do principal armador de uma equipe.

Poucas assistências

Em 213 partidas disputadas com a camisa no River, De la Cruz distribuiu 40 assistências. A marca está longe de ser impressionante. Como comparação, Giorgian de Arrascaeta tem o dobro de passes para gol pelo Flamengo mesmo tendo participado de só 18 jogos a mais.

Na atual temporada, o uruguaio é só o oitavo jogador da equipe de Buenos Aires que mais entregou gols de bandeja para seus companheiros. Foram apenas três assistências, marca inferior às de Pablo Solari, Nacho Fernández, Esequiel Barco, Enzo Díaz, Milton Casco, Lucas Beltrán e Facundo Colidio.

De la Cruz aparece no 15º lugar no ranking de passes para finalização do último Campeonato Argentino (Copa da Liga). Segundo o "Sofascore", ele teve média de 1,8 chance concluída por companheiros de time a cada partida da competição. Dois atletas do River se deram melhor que ele nessa estatística.

Pontos fortes

Ainda que tenha preferência por atuar na faixa central do campo (como "camisa 8" ou "camisa 10"), De la Cruz é um meio-campista bem polivalente, que também já foi utilizado aberto pela direita ou caindo pela esquerda.

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O reforço flamenguista é daqueles jogadores que fazem o time jogar e procuram a bola durante o tempo todo. Não à toa, foi o terceiro jogador do River que mais distribuiu passes no último Argentino (média de 48,4 por partida, menos apenas que um zagueiro e um volante).

A taxa de acerto de passes do uruguaio não é das melhores (80%, de acordo com dados disponibilizados pelo "Sofascore"). Só que isso não se deve a uma suposta falta de qualidade, mas sim à missão que ele tinha no River: ser o homem que altera o ritmo da posse de bola e dá o passe mais vertical (que possui grau de dificuldade mais alto).

Flamengo no Mercado da Bola

Clube com maior potencial de investimento do Brasil, o Flamengo tem algo em torno de US$ 40 milhões (quase R$ 200 milhões) separados para gastar com melhorias no elenco depois de passar a última temporada inteira sem conquistar um título e decepcionar sua torcida.

Desse total, US$ 16 milhões (R$ 79 milhões) serão gastos com a contratação de De la Cruz.

Após a chegada do reforço para o meio-campo, a próxima missão na qual a diretoria rubro-negra deve mergulhar é a negociação pelo zagueiro Léo Ortiz, capitão do Red Bull Bragantino e já convocado pela seleção.

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O Flamengo também é um dos interessados em trazer de volta para o Brasil o meia Gustavo Scarpa (ex-Palmeiras e atualmente no Olympiacos, da Grécia) e busca um lateral esquerdo para a vaga deixada pelo recém-aposentado Filipe Luís.

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