Rafael Reis

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Do City ao Fluminense: 7 times importantes que não têm Mundial

A última edição do Mundial de Clubes da Fifa da forma como conhecemos hoje terá um campeão inédito.

Afinal, Manchester City (ING) e Urawa Reds (JAP), que se enfrentam na semifinal de hoje, além do Fluminense, já classificado e à espera de um adversário para a decisão de sexta-feira, jamais conquistaram esse título.

Mais que isso: os três times vivos na corrida pelo troféu na Arábia Saudita nunca venceram nenhum dos dois principais torneios destinados a definir o melhor do planeta: Copa Intercontinental e Mundial de Clubes.

O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete times relevantes no cenário internacional que nunca ganharam essas competições e que, por isso, são tratados como clubes que não têm Mundial.

MANCHESTER CITY (ING)

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Imagem: Michael Regan/Getty Images

Clube de pouca expressão até mesmo dentro da Inglaterra até ser comprado por um fundo ligado ao governo de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), em 2008, o City demorou 15 anos para colocar seu projeto futebolístico no topo da Europa. A primeira Champions da história citizen foi vencida seis meses atrás, com uma vitória por 1 a 0 sobre a Inter de Milão, gol do volante espanhol Rodri. Estreante em Mundiais, a equipe inglesa não está nos seus melhores momentos (ocupa só a quarta colocação na Premier League) e tem seus dois principais jogadores (Kevin de Bruyne e Erling Haaland) em condições físicas distantes da ideal.

PALMEIRAS (BRA)

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Imagem: Gilson Lobo/AGIF
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O atual bicampeão brasileiro se considera campeão mundial por ter vencido a Copa Rio-1951, um torneio que reuniu várias das maiores potências da época (Juventus, Nice, Sporting, Nacional-URU). Só que a maior parte da comunidade internacional não considera a competição que teve apenas duas edições disputadas, ambas aqui no Brasil, como uma precursora da Copa Intercontinental e do Mundial da Fifa. A insistência palmeirense em tratá-la como um certificado de campeão mundial é frequentemente ironizada/ridicularizada por torcedores rivais.

FLUMINENSE (BRA)

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Imagem: Lars Baron - FIFA/FIFA via Getty Images

O representante da América do Sul nesta edição do Mundial também é um vencedor da Copa Rio. A equipe carioca foi campeã do segundo ano do torneio, 1952, em que desbancou Sporting, Austria Vienna, Peñarol, Grasshopper e Saarbrücken (entre outros). No entanto, o estardalhaço feito pelo Fluminense em relação a essa conquista é bem menor que o do Palmeiras. O time das Laranjeiras até tem a inscrição "Campeão Mundial 1952" pintada no seu estádio, mas nunca afirmou que obteve reconhecimento da Fifa sobre esse título -enviou um dossiê à entidade solicitando a chancela do título em 2016 e ainda aguarda resposta.

ARSENAL (ING)

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Imagem: Ian Kington/AFP
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Líderes do Campeonato Inglês, os "Gunners" estão recuperando seu espaço na lista de maiores potências do futebol mundial. Mas, apesar de terem integrado esse clube em boa parte da sua história, os londrinos jamais tiveram a chance de brigar pelo posto de "número um do planeta". Afinal, nem a Liga dos Campeões da Europa eles ganharam. O Arsenal alcançou a final do torneio continental em 2006, mas parou no Barcelona de um herói improvável, o lateral direito brasileiro Belletti, autor do gol que definiu a vitória de virada dos catalães (2 a 1).

PARIS SAINT-GERMAIN (FRA)

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Imagem: REUTERS/Stephane Mahe

O time de Kylian Mbappé (e que até pouco tempo atrás também contava com Lionel Messi e Neymar) é outro que jamais sequer jogou um Mundial. Os parisienses só chegaram à final da Champions uma vez, em 2020, mas foram derrotados pelo Bayern de Munique. Curiosamente, o tabu do PSG em Mundiais não é só dele, mas de todo o seu país. É isso mesmo: jamais um clube da França foi a um torneio desse tipo. O Olympique de Marselha até ganhou o título europeu em 1993, mas foi impedido de disputar o Intercontinental contra o São Paulo por ter protagonizado um escândalo de compra de árbitros no Francês (foi substituído pelo Milan).

BENFICA (POR)

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Imagem: Quality Sport Images/Getty Images
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O time português, então liderado em campo pelo craque Eusébio, participou da segunda e da terceira edição da Copa Intercontinental, mas se deu mal nas duas chances que teve de ser campeão mundial. Em 1961, perdeu para o Peñarol em uma disputa que era decidida na base do "melhor de três jogos". No ano seguinte, deparou-se com o Santos de Pelé. E aí nem houve a necessidade de uma terceira partida: foi derrotado por 3 a 2 no Maracanã e levou 5 a 2 em Lisboa. Para "ajudar", o Benfica ainda viu nas décadas seguintes seu arquirrival Porto ganhar os dois Mundiais que disputou: em 1987 e 2004.

ROMA (ITA)

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Imagem: Reprodução - Facebook José Mourinho | The Special One

Uma espécie de quarta força histórica do futebol italiano, o clube da capital já foi campeão do Calcio em três oportunidades e se tornou nos anos 2000 um participante habitual da Liga dos Campeões. No entanto, a Roma só disputou uma decisão de Champions. E, por pouco, não ficou com a taça. Em 1984, o time de Paulo Roberto Falcão, Toninho Cerezo e Bruno Conti perdeu nos pênaltis para o Liverpool. Com isso, perdeu a oportunidade de visitar o Japão e enfrentar o Independiente na Copa Intercontinental (os argentinos venceram os ingleses por 1 a 0 e ficaram com a taça).

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