Rafael Reis

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Reportagem

Como o Sevilla foi de campeão da Europa a risco de rebaixamento em 8 meses

Oito meses atrás, o Sevilla derrotou a Roma nos pênaltis, conquistou pela sétima vez o título da Liga Europa e aumentou ainda mais a sua já expressiva vantagem como maior campeão da história do segundo torneio interclubes mais importante da Uefa.

Só que o troféu levantado em Budapeste pelo capitão Jesús Navas foi o último momento de felicidade genuína dos torcedores rojiblancos.

Hoje, a situação da equipe andaluz é desesperadora para quem se acostumou ao longo das duas últimas décadas a disputar (e, com uma bela frequência, vencer) competições continentais.

O Sevilla entra na 23ª rodada do Campeonato Espanhol na 16ª colocação e com apenas um ponto de vantagem para o Cádiz, que está na zona de rebaixamento. Na prática, isso significa que, caso não vença o Rayo Vallecano, amanhã, o colecionador de títulos da Liga Europa pode entrar no grupo dos clubes que vão para a segunda divisão na próxima temporada.

Uma vitória desde setembro

A situação do clube na La Liga tem se deteriorado rodada após rodada porque vitória é uma palavra que praticamente deixou de existir por lá.

Nas últimas 15 rodadas da competição, ou seja, desde o dia 29 de setembro, o Sevilla só saiu de campo uma vez com três pontos na conta: bateu o Granada por 3 a 0. Durante esse período, houve ainda sete empates e sete derrotas.

O Sevilla também já foi eliminado de todos os torneios que disputava nesta temporada. Na Liga dos Campeões, não venceu nenhuma partida, foi lanterna do grupo e não descolou nem a consolação de ser migrado para a sua "preferida" Liga Europa.

Já na Copa do Rei, até passou pelas quatro primeiras fases eliminatórias (três delas contra adversários de divisões menores) até ser eliminado pelo Atlético de Madri, nas quartas de final.

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Mergulhado na crise, o Sevilla tem atirado para todos os lados para tentar uma forma de se reerguer e evitar um decepcionante retorno para a segunda divisão espanhola, onde esteve pela última vez lá na temporada 2000/01.

O time já teve três técnicos diferentes na temporada. José Luis Mendilibar caiu ainda em outubro. O uruguaio Diego Alonso trabalhou no Ramón Sánchez Pizjuán por míseros dois meses (sem vencer um jogo sequer na La Liga). E, desde a segunda metade de dezembro, a responsabilidade está nas mãos de Quique Sánchez Flores.

O troca-troca de jogadores também tem sido constante. O volante brasileiro Fernando Reges e o meia croata Iván Rakitic, dois expoentes do sucesso do clube nos últimos anos, foram embora na janela de transferências de janeiro.

Em compensação, o clube trouxe três reforços, todos jovens apostas de no máximo 21 anos, por empréstimo e sem custo: o volante francês Lucien Agoumé (Inter de Milão), o meia-atacante tunisiano Hannibal (Manchester United) e o atacante argentino Alejo Véliz (Tottenham).

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Ao contrário do publicado, o técnico Diego Alonso é uruguaio e não espanhol. A informação foi corrigida.

Reportagem

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