Rafael Reis

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Messi, Copa e público recorde: como o futebol, enfim, 'pegou' nos EUA

A presença do mais importante jogador de futebol deste século nos seus gramados, uma quantidade de público jamais antes vista nos estádios do país e a expectativa de receber uma Copa do Mundo em casa daqui a dois anos.

A 29ª edição da Major League Soccer, o principal campeonato nacional dos Estados Unidos, começa nesta noite, com o confronto entre Inter Miami e Real Salt Lake, na tentativa de provar que o "soccer" enfim pegou no mercado mais importante do planeta que não ligava muito para o jogo.

Afinal, não faltam provas de que aquela velha ideia de que os EUA eram o futuro da modalidade ficou no passado. Tudo aponta que o futuro já se transformou em presente e que os norte-americanos compraram de vez a ideia de que futebol também pode ser jogado com os pés.

Efeito Messi

Não foi à toa que a MLS escolheu um jogo do Inter Miami, time de Messi, para abrir a temporada. O craque argentino, vencedor de nada menos que oito prêmios de melhor jogador do mundo (inclusive o último), fez muita gente nova se interessar pelo "soccer", tanto dentro dos EUA quanto no exterior.

A Messimania tomou conta dos estádios norte-americanos (e canadenses, já que a liga também é disputada por lá). Com isso, as partidas da equipe da Flórida viraram sinônimo de casa cheia e audiência bem acima da média na televisão e nos streamings.

E, nesta temporada, o Inter Miami ganhou mais uma atração de peso: Luis Suárez. O veterano atacante uruguaio, destaque do Grêmio no último Campeonato Brasileiro, resolveu se juntar ao grande amigo e a Jordi Alba e Sergio Busquets, seus outros companheiros de Barcelona que também já estavam por lá.

Cada vez mais gente

No ano passado, o primeiro de Messi nos EUA (na verdade, ele só jogou metade da temporada), a MLS registrou o maior público total da sua história. Mais de 10,9 milhões de pessoas assistiram in loco a jogos da liga.

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O número representa um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. A média de 22.111 torcedores por partida foi a segunda maior de todos os tempos, mas praticamente em empate técnico com a temporada recordista (22.112, registrada em 2017).

Copa a caminho

O crescimento do interesse norte-americano por futebol coincide com a proximidade do segundo Mundial que o país irá organizar. Depois de ser sede única da Copa em 1994, os EUA dividirão a organização do torneio de 2026 com Canadá e México.

No total, 11 estádios do país serão utilizados na competição. Curiosamente, a decisão será disputada em uma arena que não é aproveitada pela MLS, o MetLife Stadium, em Nova Jersey, casa dos New York Giants e New York Jets, na NFL, a liga de futebol americano.

Como funciona a MLS?

A temporada 2024 da MLS contará com a participação das mesmas 29 equipes que disputaram o título no ano passado. Essa será a primeira edição do torneio sem a estreia de novos times desde 2016.

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Na primeira fase, as franquias são divididas em dois grupos (Conferência Oeste e Conferência Leste), no mesmo esquema da NBA. Cada uma delas disputa 34 partidas, a maior parte delas contra oponentes da mesma chave.

Os sete primeiros colocados de cada conferência avançam diretamente para os playoffs decisivos, enquanto o oitavo e o nono disputam um mata-mata pela última vaga.

Os 16 sobreviventes se enfrentam então em confrontos eliminatórios em jogo único (sempre contra adversários da mesma conferência) até a decisão programada para o dia 7 de dezembro, onde haverá uma equipe do Leste e outra do Oeste.

Um detalhe importante é que, ao contrário do que acontece na maioria dos campeonatos nacionais do planeta, a MLS não tem rebaixamento. Ou seja, ao menos que decretem falência, todos os participantes desta temporada estarão na competição novamente em 2025.

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