Rafael Reis

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Como Messi virou um 'fantasma' para Cristiano Ronaldo até na Arábia Saudita

Lionel Messi mora a mais de 12 mil quilômetros de distância de Cristiano Ronaldo. E, com a saída de ambos do futebol europeu, encontros oficiais entre eles se tornaram bem pouco prováveis (só podem acontecer na Copa do Mundo ou em Mundiais de Clubes).

Mas nem esse distanciamento físico e nas competições que disputam foi suficiente para esfriar a rivalidade entre os dois maiores protagonistas do futebol internacional deste século. Pelo menos, não para CR7.

Episódios desta temporada mostram que o astro argentino do Inter Miami continua sendo um "fantasma" que atormenta o camisa 7 do Al-Nassr. E que o veterano português de 39 anos ainda faz questão de tratar seu velho adversário como uma espécie de arqui-inimigo.

Provocação e suspensão

No começo de fevereiro, Ronaldo não gostou de ver a torcida da Arábia Saudita, onde reside e joga desde o começo do ano passado, gritar pelo nome de Messi durante um amistoso entre Al-Nassr e Inter Miami.

O detalhe é que o argentino não pôde participar do aguardado encontro por causa de problemas físicos. Ao ouvir a ovação para o craque ausente, CR7 não se aguentou: falou "eu estou aqui, não o Messi" para um grupo de torcedores e esfregou nas partes íntimas um cachecol que havia sido jogado no gramado antes de jogá-lo de volta para as arquibancadas.

No final do mês, os gritos por Messi voltaram a se repetir, mas dessa vez como provocação de torcedores do Al-Shabab ao craque do Al-Nassr. O português não deixou barato e, após marcar um gol, gesticulou com os braços apontando para a região pélvica. Por causa desse comportamento, acabou sendo suspensor por uma partida no Campeonato Saudita.

Ironia nos prêmios

Ainda no semestre passado, logo depois de seu tradicional rival vencer a Bola de Ouro, CR7 reagiu com emojis de gargalhada a uma postagem de um jornalista espanhol que criticava a escolha de Messi como vencedor do prêmio de melhor jogador do mundo.

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Mais tarde, depois do anúncio dos indicados ao The Best, eleição da Fifa que também premia os destaques individuais dos gramados e que também acabaria vencida pelo argentino, Ronaldo deu uma entrevista falando que essas premiações estavam "perdendo a credibilidade" e que só acreditava agora em condecorações baseadas exclusivamente em dados concretos, como número de gols marcados.

Champions é o objetivo

Depois de tropeçar nas duas últimas rodadas do Saudita, o Al-Nassr viu o Al-Hilal, abrir 12 pontos de vantagem na liderança e praticamente se despediu da briga pelo título nacional.

Mas isso não significa que CR7 necessariamente passará em branco em sua primeira temporada completa no Oriente Médio.

O time do astro português ainda está vivo em três competições. Na Liga dos Campeões da Ásia, recebe o Al-Ain, amanhã, e precisa de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença para avançar às semifinais.

O Al-Nassr já está entre os quatro candidatos ao título na Copa do Rei e na Supercopa saudita, competições menores no calendário local.

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