7 brasileiros em baixa na Europa para seu clube contratar por empréstimo
Pedro e Gabigol, que tanto sucesso fizeram no ataque do Flamengo, chegaram ao clube inicialmente por empréstimo, depois de não darem muito cedo na Itália. Foi lá também que o Palmeiras encontrou o capitão Gustavo Gómez e o trouxe para cá se utilizando desse mesmo mecanismo.
Boa parte dos reforços de peso contratados pelos maiores times brasileiros nos últimos anos segue esse roteiro: são jogadores que deixaram a desejar no Velho Continente e que retornam ao país com contratos curtos para recuperar a confiança e mostrar que ainda sabem jogar bola.
Por isso, o "Blog do Rafael Reis" elenca abaixo sete atletas da nação pentacampeã mundial que estão mandando mal no cenário europeu e que podem ser repatriados por empréstimo na janela de transferências de janeiro.
Quer algum deles no seu time de coração?
LUCAS PERRI
Goleiro, 26 anos, Lyon (FRA)
Deixar o Brasil para jogar na Europa nem sempre é uma boa ideia. Destaque do Botafogo no ano passado, Perri praticamente deixou de lado a briga pelo posto ainda aberto de terceiro goleiro da seleção ao se mudar do Rio de Janeiro para a França. O problema para o brasileiro é que o Lyon, clube que o recebeu no Velho Continente, tem justamente um goleiro, o português Anthony Lopes, como um dos seus maiores ídolos (são 480 partidas pelo time). Por isso, é quase impossível para Perri sair da posição de reserva que se encontra desde o momento da transferência. Melhor pedir para John Textor devolvê-lo ao Botafogo ou mandá-lo de volta a outra equipe brasileira que o permita voltar ao radar da amarelinha.
ARTHUR CABRAL
Atacante, 25 anos, Benfica (POR)
Apesar de ter sido uma contratação bem cara para os padrões do Benfica (20 milhões de euros, ou R$ 108,8 milhões), virou reserva do time português e ainda nem completou dez gols na temporada. Sem muita perspectiva de ganhar espaço com o técnico Roger Schmidt, que tem preferido apostar cada vez mais em Marcos Leonardo, Arthur Cabral precisa mudar de ares se quiser voltar a ser visto como um candidato a centroavante da seleção. Dentro desse cenário de recuperação de relevância, seria uma boa ideia para ele convencer o Benfica a liberá-lo por empréstimo para algum clube brasileiro.
KAIO JORGE
Atacante, 22 anos, Frosinone (ITA)
Ainda que tenha marcado seus primeiros gols na Europa nesta temporada (três, para ser mais exato), o ex-atacante do Santos não está jogando o suficiente para justificar uma compra dos seus direitos econômicos pelo Frosinone e muito menos para convencer a Juventus a lhe dar uma oportunidade na próxima temporada, após o fim do seu empréstimo atual. Ou seja, o futuro mais provável de Kaio Jorge é ser cedido a algum outro clube no segundo semestre. Sendo assim, por que não pedir que esse destino seja o Brasil, onde possivelmente teria a oportunidade de atuar em um time de alto de tabela e acostumado a brigar por títulos?
ANDREY SANTOS
Volante, 19 anos, Strasbourg (FRA)
Jogador de seleção brasileira nos tempos do técnico interino Ramón Menezes, o ex-Vasco tem tido um início de trajetória na Europa dos mais desanimadores. Andrey jogou só duas partidas durante um semestre inteiro no Nottingham Forest e acabou devolvido ao Chelsea, dono dos seus direitos econômicos, antes do fim do seu contrato de empréstimo. Depois, foi repassado ao Strasbourg, onde já virou um daqueles reservas que mal saem do banco. Por tudo isso, fazer o volante dar um passo atrás na carreira e jogar por mais um tempo no Brasil pode ser o melhor caminho para que o Chelsea não perca completamente seu investimento.
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Quero receberMATHEUS FRANÇA
Meia-atacante, 19 anos, Crystal Palace (ING)
Revelado no Flamengo e negociado no meio do ano passado com o futebol inglês, demorou mais de dois meses para disputar sua primeira partida na Premier League e, até agora, ainda não conseguiu emplacar uma sequência no Crystal Palace. É nítido que o clube londrino enxerga em Matheus França um reforço para o futuro, não para o presente. Mas, enquanto o futuro não chega, poderia ser uma boa para o jogador (e até mesmo para os donos dos seus direitos econômicos) passar mais um tempo no Brasil ganhando experiência e aumentando sua competitividade.
DODÔ
Lateral direito, 25 anos, Fiorentina (ITA)
A lateral direita é uma posição carente de opções no Brasil atual, e Dodô é um dos melhores candidatos para suprir essa carência na seleção. Mas, para isso, ele precisa de uma boa sequência de jogos. O lateral revelado no Coritiba passou a maior parte da temporada tratando uma lesão de joelho e, com isso, permitiu a solidificação com Michael Kayode como titular da Fiorentina. Agora que está recuperado, o brasileiro certamente ficará relegado como opção no banco. Para não correr o risco de perder o bonde da história na seleção, talvez seja melhor para o lateral pedir aos italianos para passar um tempo "em casa".
MARCÃO
Zagueiro, 27 anos, Sevilla (ESP)
Cria do Athletico-PR, o zagueiro achou que estava fazendo um grande negócio quando se transferiu para o Sevilla, no começo da temporada, após atuar em Portugal e na Turquia. Mas, com seguidos problemas musculares, só conseguiu disputar 20 partidas pela equipe espanhola até o momento. Ainda que essa falta de oportunidades tenha muito mais a ver com questões físicas do que técnicas, Marcão perdeu o rótulo de jogador confiável no seu clube. Aqui no Brasil, ele conseguiria recomeçar sem tanta desconfiança.
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