A história do atacante condenado a pagar R$ 95 mi ao Chelsea por doping
Uma das primeiras contratações do Chelsea depois de sua transformação em "novo rico" do futebol europeu, o atacante romeno Adrian Mutu precisou pagar uma indenização de 17,7 milhões de euros (R$ 95,3 milhões) ao clube inglês porque foi pego em um exame antidoping.
O jogador testou positivo para cocaína no começo da temporada 2004/05, sua segunda em Stamford Bridge, e acabou recebendo uma suspensão de sete meses afastado do futebol.
Indignados com o comportamento daquele que era um dos principais homens de frente do seu elenco, os "Blues" rescindiram unilateralmente o contrato do jogador e deram início a uma batalha jurídica para serem ressarcidos pelos "danos provocados" pelo funcionário.
Fifa e Europa do lado do Chelsea
Considerando-se prejudicado por ter feito um investimento de 22,7 milhões de euros (R$ 122,3 milhões) na compra dos direitos econômicos de Mutu e não ter colhido o resultado esportivo desejado devido ao caso de doping, o Chelsea acionou o atacante pedindo uma indenização.
Classificação e jogos
A primeira decisão favorável foi dada pela Fifa em 2008, ou seja, quatro anos depois do início do caso. O romeno, no entanto, recorreu primeiro à CAS (Corte Arbitral do Esporte) e, em um segundo momento, à Justiça comum para evitar o pagamento da multa.
O imbróglio só foi resolvido dez anos mais tarde, quando todas as tentativas do jogador se esgotaram. Em outubro de 2018, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) deu ganho de causa ao Chelsea por considerar que o jogador violou uma cláusula do seu contrato empregatício "sem causa razoável".
Reincidência
Depois de ter o contrato rescindido com o Chelsea, Mutu assinou gratuitamente com a Juventus e, após um ano e meio pouco expressivo em Turim, transferiu-se para a Fiorentina, onde voltou a mostrar um futebol de alto nível.
Mas, em 2010, quando era o craque da equipe viola, o romeno voltou a ser flagrado em um exame antidoping. O segundo teste positivo do jogador foi para sibutramina, uma substância reguladora de apetite, e lhe rendeu mais seis meses de gancho.
Após a segunda suspensão, Mutu ainda vestiu as camisas de Cesena (Itália), Ajaccio (França), Petrolul e ASA (Romênia), além do Pune City (Índia). Aposentado desde 2016, ele ainda divide com Gheorghe Hagi o posto de maior artilheiro da história da seleção romena. Cada um deles marcou 35 gols pela equipe nacional.
Gabigol corre risco?
Porém, ainda de acordo com o artigo, não existe a possibilidade de o clube carioca conseguir uma indenização do atacante pelo fato de ele ficar indisponível nos últimos nove meses do seu contrato, que termina em dezembro.
"O meu entendimento é que a Legislação Desportiva atual deixou de prever especificamente a multa pecuniária e tampouco há Convenção Coletiva de Trabalho que a preveja. Portanto, à luz da intangibilidade e da irredutibilidade salarial (esta descrita explicitamente na Constituição), não está de acordo com o sistema jurídico brasileiro aplicar como sanção disciplinar laboral qualquer tipo de multa pecuniária, mesmo neste caso Gabigol", avaliou o advogado Rafael Ramos.
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Quero receberGabigol está proibido de jogar futebol profissionalmente até abril de 2025. O centroavante foi suspenso na última segunda por tentativa de fraude em um exame antidoping realizado durante um teste surpresa na véspera da final do Campeonato Carioca do ano passado.
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