Rafael Reis

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Reportagem

A história do atacante condenado a pagar R$ 95 mi ao Chelsea por doping

Uma das primeiras contratações do Chelsea depois de sua transformação em "novo rico" do futebol europeu, o atacante romeno Adrian Mutu precisou pagar uma indenização de 17,7 milhões de euros (R$ 95,3 milhões) ao clube inglês porque foi pego em um exame antidoping.

O jogador testou positivo para cocaína no começo da temporada 2004/05, sua segunda em Stamford Bridge, e acabou recebendo uma suspensão de sete meses afastado do futebol.

Indignados com o comportamento daquele que era um dos principais homens de frente do seu elenco, os "Blues" rescindiram unilateralmente o contrato do jogador e deram início a uma batalha jurídica para serem ressarcidos pelos "danos provocados" pelo funcionário.

Fifa e Europa do lado do Chelsea

Considerando-se prejudicado por ter feito um investimento de 22,7 milhões de euros (R$ 122,3 milhões) na compra dos direitos econômicos de Mutu e não ter colhido o resultado esportivo desejado devido ao caso de doping, o Chelsea acionou o atacante pedindo uma indenização.

A primeira decisão favorável foi dada pela Fifa em 2008, ou seja, quatro anos depois do início do caso. O romeno, no entanto, recorreu primeiro à CAS (Corte Arbitral do Esporte) e, em um segundo momento, à Justiça comum para evitar o pagamento da multa.

O imbróglio só foi resolvido dez anos mais tarde, quando todas as tentativas do jogador se esgotaram. Em outubro de 2018, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) deu ganho de causa ao Chelsea por considerar que o jogador violou uma cláusula do seu contrato empregatício "sem causa razoável".

Reincidência

Depois de ter o contrato rescindido com o Chelsea, Mutu assinou gratuitamente com a Juventus e, após um ano e meio pouco expressivo em Turim, transferiu-se para a Fiorentina, onde voltou a mostrar um futebol de alto nível.

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Mas, em 2010, quando era o craque da equipe viola, o romeno voltou a ser flagrado em um exame antidoping. O segundo teste positivo do jogador foi para sibutramina, uma substância reguladora de apetite, e lhe rendeu mais seis meses de gancho.

Após a segunda suspensão, Mutu ainda vestiu as camisas de Cesena (Itália), Ajaccio (França), Petrolul e ASA (Romênia), além do Pune City (Índia). Aposentado desde 2016, ele ainda divide com Gheorghe Hagi o posto de maior artilheiro da história da seleção romena. Cada um deles marcou 35 gols pela equipe nacional.

Gabigol corre risco?

De acordo com reportagem publicada pela coluna "Lei em Campo", do UOL Esporte, na terça-feira, Gabigol corre sim risco de ser demitido do Flamengo por justa causa caso não consiga provar sua inocência em um tribunal superior, no caso, a CAS.

Porém, ainda de acordo com o artigo, não existe a possibilidade de o clube carioca conseguir uma indenização do atacante pelo fato de ele ficar indisponível nos últimos nove meses do seu contrato, que termina em dezembro.

"O meu entendimento é que a Legislação Desportiva atual deixou de prever especificamente a multa pecuniária e tampouco há Convenção Coletiva de Trabalho que a preveja. Portanto, à luz da intangibilidade e da irredutibilidade salarial (esta descrita explicitamente na Constituição), não está de acordo com o sistema jurídico brasileiro aplicar como sanção disciplinar laboral qualquer tipo de multa pecuniária, mesmo neste caso Gabigol", avaliou o advogado Rafael Ramos.

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Gabigol está proibido de jogar futebol profissionalmente até abril de 2025. O centroavante foi suspenso na última segunda por tentativa de fraude em um exame antidoping realizado durante um teste surpresa na véspera da final do Campeonato Carioca do ano passado.

Reportagem

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