Rafael Reis

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Livre para assinar: dá para o Santos embarcar no sonho de ter Iniesta?

Um emoji enviado pelo espanhol Andrés Iniesta nos comentários de um vídeo publicado nas redes sociais pelo volante Diego Pituca, seu antigo adversário no Japão, provocou um rebuliço danado na torcida do Santos.

O autor do gol que decidiu a Copa do Mundo-2010 reagiu às cenas da comemoração da vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, domingo, no jogo de ida da final do Campeonato Paulista, divulgadas pelo capitão da equipe alvinegra, com quatro imagens de mãos levantadas para os céus.

O comentário foi o suficiente para fazer muita gente na Vila Belmiro sonhar. Será que Iniesta poderia encarar o desafio de ajudar a devolver o time de Pelé e Neymar para a elite do Campeonato Brasileiro? Ou essa é uma possibilidade praticamente impossível de se concretizar?

Por que pode rolar?

A boa notícia para o torcedor santista é que, mesmo a um mês de completar 40 anos, Iniesta ainda não tem falado em aposentadoria. E, mais que isso, já pode assinar um pré-contrato para mudar de clube no segundo semestre.

O espanhol tem vínculo com o Emirates só até junho. O contrato conta com uma cláusula de renovação automática por mais 12 meses se esse for desejo de ambas as partes. Mas, como o clube está fortemente abaixo de rebaixamento para a segunda divisão dos Emirados Árabes, a tendência é que ela não seja ativada.

Além dessa liberdade de escolha do futuro, o Santos conta com outro trunfo para atrair Iniesta: Neymar. O astro vive um clima de lua de mel com seu clube formador (tem tudo para retornar para lá em 2025) e certamente dará ótimas referências para seu antigo companheiro de Barcelona caso seja procurado.

Por que é difícil rolar?

Além dos tradicionais problemas que qualquer clube brasileiro enfrenta quando deseja contratar um jogador que está fora dos padrões do mercado nacional (amplificados pelo fato de o Santos estar hoje na Série B), a equipe paulista terá um belo entrave financeiro para resolver caso se aventure a tentar seduzir Iniesta.

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Mesmo com idade já bastante elevada, o espanhol continua ganhando muito dinheiro, bem mais do que o Santos tem condições de pagar. Seu salário no Emirates está na casa de 8 milhões de euros (R$ 43,7 milhões) por temporada.

O valor equivale a uma remuneração mensal de R$ 3,6 milhões. O único profissional no Brasil com ganhos próximos a esse é Abel Ferreira, técnico do Palmeiras. Entre os jogadores, ninguém fatura mais que R$ 2,1 milhões a cada 30 dias.

Para 'esquecer' o rebaixamento

Quatro meses depois de ser rebaixado pela primeira vez na história para a segunda divisão do Brasileiro, o Santos pode encerrar neste domingo um incômodo jejum de oito anos sem títulos.

Graças à vitória do último fim de semana, a equipe alvinegra entra em vantagem no segundo jogo da decisão do Paulista contra o Palmeiras.

Para voltarem a ser campeões estaduais, o que aconteceu pela última vez em 2016, os comandados de Fábio Carille precisam de pelo menos um empate no Allianz Parque. No caso de derrota por um gol de diferença, o dono da taça será decidido nos pênaltis.

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Com 22 títulos, o Santos está empatado com o São Paulo no posto de terceiro maior vencedor da história do futebol paulista. Corinthians (30) e Palmeiras (25) são os recordistas de troféus levantados.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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