Endrick tem mais chances que Vini de ser próximo brasileiro melhor do mundo
Vencedor de eleições de melhor jogador do mundo pela última vez em 2007 (Kaká), o futebol brasileiro tem dois candidatos principais a encerrar nos próximos anos aquele que é o maior jejum de sua história.
Endrick e Vinícius Júnior são as armas mais calibradas do país pentacampeão mundial para enfrentar a geração de Kylian Mbappé, Erling Haaland, Jude Bellingham e Rodri tanto na Bola de Ouro ("France Football") quanto no "The Best" (Fifa).
E o jovem centroavante palmeirense tem até mais possibilidades de encerrar o incômodo tabu brasileiro do que o astro do Real Madrid.
Questão de estilo, não de qualidade
A discussão aqui não passa pela qualidade ou pelo potencial de evolução dos dois jogadores brasileiros mais talentosos da atualidade. Vini é craque com C maiúsculo. E o seu futuro companheiro de Santiago Bernabéu, também.
Neste momento específico, a comparação entre o nível técnico os dois é toda favorável ao ex-Flamengo. Afinal, ele já se consolidou como protagonista naquele que é o maior clube do mundo, enquanto Endrick só começará a lutar por espaço na elite europeia no segundo semestre.
Mas o adolescente de 17 anos tem uma vantagem enorme e decisiva sobre o jovem de 23 em uma eventual futura disputa por prêmios de melhor do mundo: ele é quem "resolve" as partidas.
Os anos e anos de domínio de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, caras que passavam facilmente da marca de 40 gols por ano, deixaram um legado nas eleições de craque máximo do planeta.
Ao contrário do que acontecia no começo dos anos 2000, quando Zinédine Zidane e Ronaldinho Gaúcho levantaram troféus do gênero pelas jogadas deslumbrantes que produziam, hoje os eleitores têm privilegiado jogadores com mais poder de fogo, ou seja, artilheiros.
Ainda que também possa cair pelos lados do campo, Endrick é um camisa 9, um atleta cujas principais funções em campo são balançar as redes e decidir jogos. Vini, por outro lado, apesar de também marcar muitos gols (tem 18 nesta temporada), é um ponta destinado a abrir espaço nas defesas adversárias e presentear seus companheiros com jogadas de gol.
Vitórias brasileiras
Desde o começo da década de 1990, quando a Fifa criou seu prêmio e brasileiros puderam começar a vencer a eleição de melhor do mundo (a Bola de Ouro era inicialmente restrita a europeus), cinco atletas do país foram consagrados.
Romário ganhou em 1994, Ronaldo Fenômeno foi tricampeão em 1996, 1997 e 2002, Rivaldo levou a melhor em 1999, Ronaldinho emendou as conquistas de 2004 e 2005 e Kaká desbancou Messi e CR7 em 2007.
Atualmente, tanto a Bola de Ouro quanto o The Best estão nas mãos de Messi, o maior vencedor de prêmios de melhor do planeta de todos os tempos.
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