'Novo Scarpa' e ambidestro: como joga Felipe Anderson, reforço do Palmeiras
Um ano e meio depois da saída de Gustavo Scarpa, o Palmeiras voltará a ter no seu provável time titular um jogador com características semelhantes às do protagonista da conquista do Campeonato Brasileiro-2022.
Assim como o agora astro do Atlético-MG, Felipe Anderson é um camisa 10 de origem que foi deslocado para os lados do campo e aprendeu a adaptar seu futebol de armador à função de ponta.
Da mesma forma que Scarpa fazia nos tempos em que vestia verde, o novo reforço de Abel Ferreira utiliza a maior liberdade existente nos flancos para efetuar cruzamentos precisos e arriscar finalizações de média e longa distância.
O diferencial
Uma das grandes vantagens do futuro jogador do Palmeiras sobre a maioria dos jogadores da sua posição é o fato de ser ambidestro.
Como possui praticamente a mesma capacidade técnica com os pés direito e esquerdo, Felipe Anderson é capaz de executar as duas principais funções de jogadores de lado de campo (ir à linha de fundo e centralizar as jogadas) independente do lado em que é escalado.
Por conta da origem de camisa 10 clássico, o meia-atacante da Lazio gosta mais da ideia de fazer a diagonal, ou seja, sair do lado do campo para a faixa central, de onde pode distribuir passes em profundidades e encontrar ângulo para os chutes que são sua marca registrada.
No entanto, não é incomum ver também Felipe Anderson agindo como uma ponta das antigas, isto é, tentando o drible sobre os laterais adversários pelo lado e levando a bola para setores que possibilitem cruzamentos mais perigosos.
Jogador tático
Visto como um pouco indolente e não muito participativo na marcação nos tempos em que despontou das categorias de base do Santos, Felipe Anderson evoluiu muito seu jogo tático ao longo das 11 temporadas que ficou na Europa.
As passagens por Lazio, West Ham e Porto transformaram o meia-atacante de 31 anos em um jogador polivalente, que pode fazer todas as funções do sistema ofensivo (ponta direita, ponta esquerda, armador pela faixa central e até, eventualmente, principal homem do ataque).
Também despertaram nele a obediência tática necessária para ajudar na recuperação de bola quando seu time opta por uma marcação mais alta e recuar à zona de defesa para acompanhar os laterais adversários em momentos de bloco baixo.
Segunda vitória?
Ainda sem contar com Felipe Anderson, que permanecerá na Lazio até o fim do Campeonato Italiano e só se apresentará a seu novo clube em julho, o Palmeiras busca hoje sua segunda vitória no Brasileiro.
Depois de estrear na competição com um triunfo por 1 a 0 sobre Vitória, no domingo, a equipe dirigida por Abel Ferreira faz seu primeiro jogo como mandante, contra o Internacional.
A partida, no entanto, não será disputada no Allianz Parque, que estará ocupada por show da banda norte-americana Jonas Brothers. Assim, o Palmeiras jogará na sua casa "alternativa", a Arena Barueri, que é administrada por uma das empresas da sua presidente, Leila Pereira.
Reportagem
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