Rafael Reis

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Reportagem

Após fiasco na Champions, Arábia promete gastar outra fortuna em reforços

Mesmo depois de gastar 976,2 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões) em reforços em apenas um ano, atrair nomes do quilate de Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Neymar e se firmar como um dos cinco maiores mercados compradores de jogadores do planeta, a Arábia Saudita não conseguiu cumprir seu objetivo esportivo mais básico: mandar no futebol asiático.

A derrota por 5 a 4 no placar agregado do Al-Hilal para o Al-Ain, dos Emirados Árabes, na semana passada, em confronto válido pelas semifinais da Liga dos Campeões da AFC, tirou da disputa do título continental o último representante do país que ainda estava vivo na competição.

E como o governo saudita, acionista majoritário dos quatro maiores clubes de lá e principal financiador das contratações das estrelas que brilharam antes dos gramados da Europa, irá responder a esse fracasso na Champions? Investindo mais um caminhão de dinheiro em astros renomados, é claro.

Fiasco bem remunerado

Além de não ter sequer alcançado a final do torneio interclubes mais importante do seu continente, a Arábia enfrentou ainda a decepção de eliminações prematuras dos seus representantes.

Dos quatro clubes sauditas participantes desta edição da Champions, somente o Al-Hilal chegou até as semifinais. Os igualmente poderosos Al-Nassr e Al-Ittihad caíram nas quartas e o Al-Fayha parou ainda nas oitavas, a primeira rodada dos mata-matas decisivos.

Ao longo da campanha, os endinheirados times do Oriente Médio tiveram alguns tropeços que não estavam no planejamento. O Al-Ittihad perdeu para uma equipe do Iraque (Al-Quwa), enquanto o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, empatou com um clube do Tajiquistão (Istiklol).

Estrelas, estrelas e mais estrelas

Com o aumento no número de jogadores estrangeiros que cada clube pode inscrever na próxima temporada do Campeonato Saudita (dez, contra oito da atual temporada), a janela de transferências de julho promete ser novamente bem movimentada.

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O principal desejo do governo local para enriquecer seu futebol em 2024/25 (e ter mais chances de sucesso na Champions asiática) é o atacante egípcio Mohamed Salah, que atravessa um momento conturbado no Liverpool e agora parece mais disposto a aceitar a proposta recusada um ano atrás.

O meia belga Kevin de Bruyne (Manchester City), o veterano croata Luka Modric (Real Madrid), o volante brasileiro Casemiro (Manchester United) e o centroavante belga Romelu Lukaku (Roma) são outros alvos conhecidos que devem ser procurados pelos sauditas ao longo dos próximos meses.

Coadjuvante no 'Super Mundial'

Para a decepção saudita, a edição de estreia do novo Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado pela primeira vez no próximo ano, nos Estados Unidos, contará com a participação de apenas um clube do país: o Al-Hilal, vencedor da Liga dos Campeões asiática em 2021.

Os outros representantes do futebol asiático no torneio serão o japonês Urawa Red Diamons (campeão continental de 2022), o sul-coreano Ulsan HD (primeiro colocado no ranking da AFC) e o vencedor da final da Champions nesta temporada: Yokohama Marinos, do Japão, ou Al-Ain.

No total, 26 dos 32 times participantes do "Super Mundial" já estão definidos. O Brasil contará com Palmeiras, Flamengo e Fluminense, vencedores das três últimas edições da Copa Libertadores da América. O país ainda pode conquistar uma quarta vaga caso Atlético-MG, Grêmio, São Paulo ou Botafogo ganhem o título continental neste ano.

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