Rafael Reis

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Dia de Champions: como o PSG virou um 'time melhor' sem Messi e Neymar

Único dos quatro semifinalistas da Liga dos Campeões da Europa que ainda não se conquistou o título continental, o Paris Saint-Germain inicia hoje o confronto com o Borussia Dortmund, por vaga na decisão, com uma certeza: há vida sem Lionel Messi e Neymar.

Na primeira temporada sem a presença da dupla de sul-americanos e com Kylian Mbappé elevado ao posto de protagonista absoluto da companhia, o PSG já conseguiu superar o desempenho que teve ao longo dos dois anos em que escalou lado a lado três dos maiores craques da atualidade.

Tanto em 2021/22 quanto em 2022/23, a equipe francesa não foi além das oitavas de final da Champions, meta que desta vez foi superada ainda em março. Já na Ligue 1, o campeonato nacional, o resultado foi exatamente o mesmo das edições anteriores: a conquista do título.

Um PSG melhor

Na soma de todas as competições, a versão atual do PSG tem números um pouco melhores do que os atingidos na era "Mbappé, Messi e Neymar".

Com 31 vitórias, 12 empates e quatro derrotas (só uma delas depois da virada do ano), os parisienses ostentam nesta temporada um aproveitamento de 74,7% dos pontos disputados, contra 71,3% de 2021/22 e 74,6% de 2022/23.

Diferente do que aconteceu nos dois anos anteriores, o PSG ainda tem em 2024 a oportunidade de fechar uma hegemonia completa dentro do seu país, já que está na final da Copa da França (enfrenta o Lyon, em 25 de maio).

No período do seu badalado trio ofensivo, a equipe da Cidade Luz parou nas oitavas do torneio nacional. Em uma edição, foi eliminada pelo Nice. Na outra, caiu ante o Olympique de Marselha.

Por que melhorou?

Apesar da redução na quantidade de talento disponível no seu elenco depois das saídas de Messi (Inter Miami) e Neymar (Al-Hilal), o PSG conseguiu evoluir sob comando do técnico espanhol Luis Enrique graças a uma melhoria significativa no jogo coletivo.

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A equipe ganhou força de marcação e passou a ter mais facilidade para recuperar a bola porque hoje tem apenas um jogador que não se dedica muito na fase defensiva (Mbappé) -antigamente, eram três titulares sem tantas obrigações sem bola.

Além disso, o PSG definiu melhor o tipo de jogo que pretende praticar depois que ficou sem Messi e Neymar.

Tanto o argentino quanto o brasileiro são entusiastas de um futebol de posse de bola e passes mais curtos, o que conflitava com o estilo preferido de Mbappé, que é pura transição rápida, e deixava a equipe um tanto quanto sem identidade.

Sem seus antigos companheiros, o astro francês vê agora todo o PSG orbitar em torno dele, e isso inclui jogar da forma na qual melhor sem encaixa, ainda que o próprio Luis Enrique não seja dos mais entusiastas desse estilo.

Adeus da Champions

Esta é a última edição do torneio europeu no formato atual, que vem sendo utilizado desde 2003/04. A partir da próxima temporada, ele passará por uma reformulação completa, acabará com a fase de grupos e contará com a presença de 36 equipes na etapa principal.

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O sucessor do Manchester City no posto de vencedor da Champions será conhecido no dia 1º de junho. A final será jogada no estádio de Wembley, em Londres.

Semifinais

Ontem - Bayern de Munique 2 x 2 Real Madrid, na Alemanha
Hoje, às 16h - Borussia Dortmund x Paris Saint-Germain, na Alemanha
07/05, às 16h - Paris Saint-Germain x Borussia Dortmund, na França
08/05, às 16h - Real Madrid x Bayern de Munique, na Espanha

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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