Rafael Reis

Rafael Reis

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Final da Champions virou 'tudo ou nada' para Vini ser melhor do mundo

A partida contra o Borussia Dortmund, sábado, não vale "apenas" o título da Liga dos Campeões da Europa para Vinícius Júnior.

A partida que define o grande time do futebol mundial na temporada 2023/24 também é essencial para as aspirações do atacante brasileiro de ser eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo.

Caso o Real Madrid conquiste a Champions (especialmente com Vini desempenhando papel de protagonista na decisão), o ex-Flamengo virá aumentar consideravelmente o seu favoritismo (já detectado nas casas de apostas) para vencer a Bola de Ouro e o The Best neste ano.

Mas se os espanhóis forem surpreendidos pela equipe alemã, Vini dificilmente continuará sendo tratado como um candidato real aos prêmios. Nesse cenário, é bem possível até que ele nem descole um lugar no pódio (segunda ou terceira posição).

Por que é o favorito?

O brasileiro tem sido o grande nome dos mata-matas decisivos da Champions, competição que, em anos sem Copa do Mundo, costuma ser a mais importante na definição dos vencedores dos prêmios individuais.

Vini balançou as redes ou distribuiu assistências em todos os confrontos eliminatórios do Real nesta edição do torneio: fez um gol nas oitavas (RB Leipzig), deu dois passes para companheiros marcarem nas quartas (Manchester City) e marcou duas vezes na semi (Bayern de Munique).

Como as eleições de melhor do mundo são também competições de popularidade, vencer a Champions, ainda mais como protagonista, costuma fazer uma diferença danada.

Kaká, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Luka Modric, Karim Benzema e Robert Lewandowki ganharam pela primeira vez um prêmio de gênero justamente em temporadas em que se sagraram campeões europeus de clubes.

Continua após a publicidade

Por que não é tão favorito assim?

O problema para Vini é que, se a campanha do Real na Champions não terminar em final feliz e lhe proporcionar um "bônus" com os eleitores, o restante da sua temporada talvez não seja suficiente para lhe dar tantos votos assim.

O brasileiro foi menos protagonista que Jude Bellingham na trajetória do Real rumo ao título espanhol. Seu desempenho no campeonato nacional também não chamou tanta atenção assim quanto os de Harry Kane (Alemão), Kylian Mbappé (Francês) e Phil Foden (Inglês).

Para piorar, todos os seus adversários diretos pelo posto de melhor do mundo ainda vão disputar no próximo mês a Eurocopa, torneio com popularidade e poder de influência sobre os eleitores muito maiores que a Copa América, onde estará o brasileiro.

Por isso, eles terão uma oportunidade extra para convencer os eleitores de que merecerem ser escolhidos como "número um". A Vini, por outro lado, só resta mesmo a Champions.

Despedida da Champions

A final deste sábado, no estádio de Wembley (Londres), marcará a despedida da Champions tal qual a conhecemos hoje.

Continua após a publicidade

Na próxima temporada, a competição interclubes mais badalada do planeta passará por uma reformulação completa, acabará com a fase de grupos e contará com a presença de 36 equipes na etapa principal.

O Real é com folga o maior vencedor da história do torneio continental, com 14 títulos (1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022). Já o Dortmund disputa a decisão pela terceira vez. Em 1997, conquistou o título sobre a Juventus. Já em 2013, perdeu para o Bayern em uma decisão 100% alemã.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes