Rafael Reis

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Como Ancelotti fugiu da seleção para ser maior técnico da história do Real

Pelos planos do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a final da Liga dos Campeões da Europa, neste sábado, contra o Borussia Dortmund, seria o último ato de Carlo Ancelotti como técnico do Real Madrid.

Mas o italiano não quis seguir o desejo do cartola com quem negociou no ano passado. No lugar de assumir o comando da seleção brasileira para o ciclo da Copa do Mundo-2026, preferiu renovar contrato com o clube mais vitorioso da história por mais duas temporadas.

Por trás dessa escolha está uma ambição nada modesta do veterano de 64 anos: transformar-se no maior treinador que já passou pelo banco de reservas do Real.

Recorde de títulos

Em sua segunda passagem pelo Santiago Bernabéu, Ancelotti já soma 12 títulos conquistados e está a dois de igualar o recorde de Miguel Muñoz, comandante da equipe merengue entre 1960 e 1974.

Ou seja, caso o italiano vença a Champions neste fim de semana, ele poderá se transformar no treinador mais vitorioso de toda a história do Real já no começo da próxima temporada.

Nesse cenário, ele terá a primeira chance de igualar a marca de Muñoz já na Supercopa da Europa, normalmente disputada no fim de agosto, contra o vencedor da Liga Europa (Atalanta). E, se tudo der certo, poderá se isolar no topo na Copa Intercontinental, que vai rolar em dezembro.

Recorde na Champions

Único técnico tetracampeão do torneio interclubes mais importante do futebol mundial (ganhou duas taças com o Milan e outras duas com o Real), Ancelotti busca também igualar uma marca histórica de Zinédine Zidane.

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O francês, que foi seu auxiliar lá antes de estrear como treinador solo, venceu três edições da Champions à frente dos merengues (2016, 2017 e 2018), algo que nenhum outro profissional até hoje conseguiu.

Além de Zidane, somente o inglês Bob Paisley foi campeão europeu em três oportunidades com um mesmo time (Liverpool). É nesse seleto grupo que Ancelotti pode entrar neste sábado.

Despedida da Champions

A decisão deste sábado, no estádio de Wembley (Londres), marca a despedida da Champions tal qual a conhecemos hoje.

Na próxima temporada, a competição interclubes mais badalada do planeta passará por uma reformulação completa, acabará com a fase de grupos e contará com a presença de 36 equipes na etapa principal -os dois finalistas deste ano já estão com vaga assegurada.

O Real é com folga o maior vencedor da história do torneio continental, com 14 títulos (1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022). Já o Dortmund disputa a final pela terceira vez. Em 1997, conquistou o título sobre a Juventus. Já em 2013, perdeu para o Bayern em uma decisão 100% alemã.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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