Rafael Reis

Rafael Reis

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Real já ganhou? As 7 maiores zebras da história das finais da Champions

O Real Madrid é favorito na decisão da Liga dos Campeões da Europa, amanhã, no estádio de Wembley (Londres). Afinal, trata-se do recordista histórico de títulos (14), do time que já conquistou um título importante nesta temporada (Campeonato Espanhol) e que conta com dois potenciais candidatos ao prêmio de melhor jogador do mundo.

Mas isso não significa que o Borussia Dortmund, apenas quinto colocado na última Bundesliga alemã, não possa surpreender e levantar o troféu mais cobiçado do planeta no futebol interclubes.

A história mostra que o desejo germânico de derrubar a potência merengue é completamente plausível. "Blog do Rafael Reis" relembra abaixo sete decisões da Champions que acabaram vencidas pelos azarões.

Borussia Dortmund 1996/97

O próprio Dortmund já experimentou o gosto de ser campeão europeu partindo do posto de azarão. Em sua única conquista de Champions, a equipe germânica desbancou por 3 a 1 na decisão uma Juventus que tentava o segundo título continental consecutivo e contava com astros do calibre de Zinédine Zidane, Didier Deschamps, Christian Vieri e Alessandro del Piero. Tudo bem que o time aurinegro também tinha suas doses de talento, como o capitão Matthias Sammer e o camisa 10 Andreas Möller, mas nada que se comparasse ao estrelado elenco comandado por Marcello Lippi.

Steaua Bucareste 1985/86

Trinta e oito anos atrás, um apanhado de jogadores romenos de pouca experiência internacional e proibidos pelo governo de se transferir para o exterior fizeram do Steaua Bucareste o primeiro time do bloco comunista a se sagrar campeão europeu. A conquista veio na decisão por pênaltis, depois de um empate por 0 a 0 contra o Barcelona, que entrou para a história por ter sido uma verdadeira batalha campal. O Barça da época ainda não era o esquadrão estrelado que seria montado nas décadas seguintes, mas já contava com nomes importantes, como o meia alemão Bernd Schuster e o artilheiro escocês Steve Archibald.

Estrela Vermelha 1990/91

O segundo (e último) título da Liga dos Campeões conquistado por um clube de um país socialista também foi obtido nos pênaltis, depois de um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Em 1991, o Estrela Vermelha entrou para o grupo dos campeões europeus com um elenco bastante jovem, cheio de jogadores que haviam vencido o Mundial sub-20 com a seleção da Iugoslávia quatro anos antes. O adversário na final foi o Olympique de Marselha, que estava credenciado por eliminado Milan, vencedor das duas edições anteriores da Champions e potência número um da época.

Continua após a publicidade

Olympique de Marselha 1992/93

O Milan foi o grande time do futebol europeu na virada da década de 1980 para o começo dos anos 1990. Na temporada 1992/93, a mesma em que chegou à final da Champions, venceu o Italiano, então o campeonato nacional mais badalado do mundo, com direito a melhor ataque e defesa menos vazada da competição. Mesmo assim, a equipe de Marco van Basten, Frank Rijkaard e Paolo Maldini acabou perdendo por 1 a 0 para o Olympique de Marselha e precisou se contentar com o vice-campeonato europeu. Mais tarde, os italianos ganharam o direito de disputar a Copa Intercontinental por conta de um escândalo de suborno envolvendo o OM no Campeonato Francês.

Chelsea 2020/21

Quase ninguém teve coragem de apostar no Chelsea na final inglesa jogada no Porto. Afinal, o Manchester City havia acabado de conquistar o título da Premier League somando 19 pontos a mais que os Blues, que terminaram na quarta colocação. Além disso, o Chelsea fizera uma temporada traumática, com direito a troca de técnico (Frank Lampard deu lugar a Thomas Tuchel em janeiro) e um ataque que pouco funcionava. Mas, na hora da verdade, bastou um gol de Kai Haverz para os londrinos faturarem pela segunda vez o título europeu e adiarem um pouco mais a tão aguardada conquista inédita do City.

Nottingham Forest 1978/79

O maior exemplo de ascensão rápida que o futebol europeu já viu. Em 1976/77, o Forest foi terceiro colocado na segunda divisão inglesa e conseguiu o acesso para a elite. Na temporada de estreia, já conquistou o título nacional. E, no ano seguinte, faturou a Liga dos Campeões. A vítima na final não foi tão expressiva assim: o Malmö, da Suécia. Mas o caminho percorrido pelo time inglês dirigido por Brian Clough não precisava de uma final épica para ser surpreendente. O Forest ainda foi bi da Europa na temporada 1979/80 (sobre o Hamburgo) antes de voltar a um quase ostracismo -escapou por pouco do rebaixamento na última Premier League.

Continua após a publicidade

Porto 1986/87

Em uma época em que o futebol português não produzia tantos talentos quanto hoje e nem conseguia importar uma grande quantidade de bons jogadores da América do Sul (em especial, do Brasil), o Porto conseguiu se sagrar campeão europeu com uma vitória sobre o Bayern de Munique, que contava com vários jogadores da seleção alemã que ganharia a Copa do Mundo três anos mais tarde, como Lothar Matthäus e Andreas Brehme. O gol que definiu a vitória por 2 a 1 dos lusos e a zebra em Viena foi marcado pelo brasileiro Juary (ex-Santos). O elenco do Porto também contava com a presença de Casagrande, que assistiu do banco à decisão.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.