Rafael Reis

Rafael Reis

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Desespero? Saiba por que o Bayern topou pagar R$ 69 mi em técnico rebaixado

O Bayern de Munique precisou pagar uma indenização de 12 milhões de euros (R$ 69 milhões) ao Burnley para anunciar o belga Vincent Kompany como seu novo treinador.

Com o valor necessário para viabilizar a transferência, o ex-capitão do Manchester City se transformou no quarto técnico mais caro de toda a história do futebol.

A questão é que até Kompany tem dificuldades para entender a "promoção" que acabou de receber na sua carreira. Afinal, ele acabou de ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Inglês com o Burnley e venceu apenas sete dos 42 jogos que disputou na última temporada (16,7% do total).

Por que Kompany?

Não é um erro dizer que o ex-zagueiro belga foi parar na Allianz Arena porque foi a "opção que sobrou" para o clube mais poderoso da Alemanha.

Em busca de um profissional capaz de fazer a equipe recuperar a hegemonia da Bundesliga perdida para o Bayer Leverkusen na última temporada, a equipe bávara colecionou nãos antes de contratar Kompany.

Xabi Alonso, Julian Nagelsmann, Ralf Rangnick, Oliver Glasner, Roger Schmidt e Thomas Tuchel (que teria seu contrato renovado) foram alguns dos técnicos que recusaram o Bayern e obrigaram a diretoria a apelar para um "plano G".

Mesmo com os resultados ruins da última temporada, o clube de Munique resolveu apostar em Kompany por julgar que seu estilo de jogo ofensivo e baseado na posse de bola (fortemente influenciado no futebol defendido por Pep Guardiola) encaixará melhor em um time tecnicamente superior à maioria dos seus adversários do que em um dos elencos mais modestos da Premier League, como era o Burnley.

4º mais caro da história

Ao contrário do que acontece no mercado de jogadores, até mesmo os times mais ricos do mundo não costumam pagar tão caro assim pela liberação de técnicos.

Continua após a publicidade

A transferência mais cara de treinador já realizada foi a ida do inglês Graham Potter do Brighton para o Chelsea, selada em 2022, que alcançou a marca de 22,3 milhões de euros (R$ 128,4 milhões).

Nagelsmann (Bayer, 2021) e o português André Villas-Boas (Chelsea, 2011) são os outros profissionais do banco de reservas que já protagonizaram transações mais caras que a de Kompany.

Troca-troca dos técnicos

A transição da temporada 2023/24 para as competições de 2024/25 tem sido marcada por mudanças frenéticas no mercado dos treinadores.

Vários dos clubes mais importantes do planeta fizeram o mesmo que o Bayern, ou seja, liberaram o profissional que comandou a equipe nos últimos meses e já contrataram (ou estão contratando) novos técnicos.

E o troca-troca dos "professores" tenha uma segunda onda no próximo mês. Afinal, é bem possível que, após o encerramento da Eurocopa, algumas seleções poderosas também modifiquem seus trabalhos de olho na Copa do Mundo-2026.

BAYERN DE MUNIQUE (ALE): Trocou Thomas Tuchel por Vincent Kompany (Burnley)
LIVERPOOL (ING): Trocou Jürgen Klopp por Arne Slot (Feyenoord)
BARCELONA (ESP): Trocou Xavi Hernández por Hansi Flick
JUVENTUS (ITA): Liberou Massimiliano Allegri e ainda não anunciou substituto
MILAN (ITA): Liberou Stefano Pioli e ainda não anunciou substituto
CHELSEA (ING): Trocou Mauricio Pochettino por Enzo Maresca (Leicester)
NAPOLI (ITA): Trocou Francesco Calzona por Antonio Conte
WEST HAM (ING): Trocou David Moyes por Julen Lopetegui
BRIGHTON (ING): Liberou Roberto de Zerbi e ainda não anunciou substituto
PORTO (POR): Liberou Sérgio Conceição e ainda não anunciou substituto
BOLOGNA (ITA): Liberou Thiago Motta e ainda não anunciou substituto

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.