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Paquetá não queria jogar partida em que teria forçado cartão, diz defesa

Lucas Paquetá pediu à comissão técnica do West Ham para ficar no banco de reservas em uma das quatro partidas de Premier League em que é acusado de receber propositalmente cartão amarelo para favorecer um esquema de apostas.

Esse é um dos principais pontos que a defesa do meio-campista brasileiro irá apresentar à FA (Federação Inglesa de Futebol) na tentativa de provar a inocência do jogador e evitar uma possível suspensão ou até seu banimento da modalidade.

O "Blog do Rafael Reis" apurou que os advogados de Paquetá irão alegar que o camisa 10 chegou a solicitar ao técnico David Moyes que fosse deixado de fora da escalação para a partida contra o Bournemouth, em 13 agosto, que abriu a participação do West Ham na temporada 2023/24 do futebol da Inglaterra.

Na época, o brasileiro estava negociando uma transferência para o Manchester City, então tricampeão inglês e vencedor da Liga dos Campeões da Europa -a transação foi abortada justamente por conta das investigações envolvendo o jogador.

Segundo a defesa, devido à possibilidade de mudança de clube, Paquetá não estava com 100% de foco no West Ham e temia que isso pudesse prejudicar a equipe. Por isso, pediu para não ser escalado.

Mas a solicitação não foi atendida por Moyes. O atleta foi utilizado de início e permaneceu em campo até os 49 minutos do segundo tempo. Ele foi substituído logo depois de tocar a bola com a mão em uma disputa aérea e receber o cartão amarelo investigado.

A defesa planeja emplacar a ideia de que não faria muito sentido Paquetá pedir para não ser aproveitado em uma partida em que estivesse mal-intencionado e disposto a ser punido pela arbitragem para beneficiar apostadores. Ou seja, essa seria uma prova, ou pelo menos, indício, da sua inocência.

As acusações

Além da partida contra o Bournemouth, o astro do West Ham é acusado de ter recebido cartões propositalmente em outros três jogos: frente Leicester, Aston Villa e Leeds, entre novembro de 2022 e agosto de 2023.

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Segundo o tabloide britânico "The Sun", as apostas que teriam sido beneficiadas pela punição recebida ao brasileiro são oriundas da Ilha de Paquetá, local no Rio de Janeiro onde o jogador nasceu.

Cerca de sessenta pessoas do círculo do meia teriam apostado em seus cartões amarelos, lucrando um total de R$ 670 mil. As apostas foram de R$ 47 a R$ 2,7 mil. O brasileiro nega todas as acusações e se diz inocente no caso.

Possíveis punições

O caso de Paquetá já avançou da fase de investigação. Ou seja, a FA detectou que os índicos que apontavam a culpa do jogador eram suficientes para ele ser formalmente denunciado e ir a julgamento.

De acordo com o "The Sun", a associação inglesa deseja pedir que o jogador seja banido do futebol, ou seja, proibido de jogar profissionalmente -uma suspensão de longo prazo (alguns anos) seria a opção mais modesta.

Inicialmente, a eventual pena aplicada pela FA terá efeito local, ou seja, será válida apenas para o futebol inglês. Mas, nos casos envolvendo apostas, a Fifa tem internacionalizado a sanção, ou seja, estendido ela por todo o planeta, o que impediria Paquetá de prosseguir com sua carreira em qualquer campeonato oficial do mundo inteiro.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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