Rafael Reis

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Favorita? Espanha pode reformular defesa e ter novo camisa 9 para Copa-2026

O título de Eurocopa conquistado ontem, a campanha perfeita na competição continental, com sete vitórias em sete jogos disputados, e o futebol envolvente demonstrado no último mês transformam automaticamente a Espanha na seleção a ser batida na Copa do Mundo-2026.

Mas a equipe que irá à América do Norte daqui a dois anos certamente não será a mesma que derrotou a Inglaterra por 2 a 1 e levantou pela quarta vez o troféu do torneio organizado pela Uefa.

Embora tenha levado à Alemanha um elenco bastante jovem e cuja base certamente será mantida na preparação para o Mundial, os espanhóis possivelmente terão dores de cabeça com seu sistema defensivo daqui por diante.

Além disso, podem ver um terceiro atacante de origem africana fazer companhia aos ainda garotos Nico Williams (22 anos) e Lamine Yamal (17), que exerceram papel de protagonismo na Euro.

Defesa incerta

O goleiro Unai Simón e o zagueiro Robin Le Normand são os únicos titulares da retaguarda espanhola na final da Euro que não correm tanto risco assim de perder a posição ao longo dos dois próximos anos.

Apesar de ter feito uma ótima temporada com o Real Madrid, o lateral direito Dani Carvajal já tem 32 anos e está entrando naquele momento da carreira em que ninguém sabe qual será o ritmo do seu declínio físico e técnico. Como seu reserva imediato na seleção, Jesús Navas, já anunciou que não defenderá mais a Espanha, a mais segura opção de renovação para o setor é Pedro Porro (Tottenham).

Já Aymeric Laporte acabou de "trintar". Ou seja, idade não é problema para que ele continue no time. A questão é se ele conseguirá manter a competividade emendando temporadas no futebol da Arábia Saudita (joga no Al-Nassr). O nome de maior qualidade para roubar sua vaga é Pau Torres (Aston Villa), que não é convocado há quase um ano.

Outra dúvida é o futuro da lateral esquerda. Marc Cucurella fez uma Euro excepcional, mas é um dos jogadores mais questionados do Chelsea e ninguém sabe se terá vida longa em Londres. E como a Espanha tem várias opções para a posição (Alejandro Grimaldo, Alejandro Balde e Miguel Gutiérrez), fazer qualquer previsão aqui seria só uma especulação pouco fundamentada.

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Trio de ataque negro

Responsável por dar experiência ao ataque de moleques da Espanha, o capitão Álvaro Morata também deve ter sua titularidade ameaçada na campanha para o Mundial de Canadá, Estados Unidos e México.

O primeiro candidato a tirar do time o centroavante do Atlético de Madri, que só fez um gol na Euro e pode se transferir para a Arábia nesta janela, é Mikel Oyarzabal (Real Sociedad), justamente o cara que saiu do banco para decidir a final contra a Inglaterra.

Mas a Espanha também deposita muitas expectativas no desenvolvimento de Samu Omorodion.

Autor de nove gols pelo Alavés na temporada passada, o grandalhão de 20 anos e 1,93 m, que possui raízes nigerianas, terá seu teste de fogo jogando pelo Atlético de Madri em 2024/25 e liderando o ataque da seleção olímpica em Paris-2024, daqui uma semana e meia.

Possível Espanha para 2026: Unai Simón; Carvajal (Pedro Porro), Le Normand, Pau Torres e Cucurella (Balde ou Miguel Gutiérrez); Rodri, Fabián Ruiz (Gavi) e Pedri (Dani Olmo); Yamal, Nico Williams e Morata (Oyarzabal ou Samu)

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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