Rafael Reis

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Para garotos: por que futebol masculino na Olimpíada é torneio sub-23?

Lionel Messi, Lautaro Martínez, Ángel di María, Dibu Martínez, Rodri, Daniel Carvajal, Álvaro Morata, Mohamed Salah, Miguel Almirón, Andriy Lunin, Hakim Ziyech, Bono, Christian Pulisic, Antoine Griezmann, Ousmane Dembélé, N'Golo Kané e, claro, Kylian Mbappé.

Esses jogadores importantes no cenário internacional defendem países participantes do torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos-2024. No entanto, nenhum deles está em Paris-2024.

O motivo que explica a ausência é o mesmo para todos: eles já ficaram velhos demais para disputar a competição, embora uma regra permita exceções.

Olimpíada é para sub-23

No futebol masculino, a Olímpiada é um torneio sub-23. Isso significa que, para poder disputar esta edição, o jogador precisa ter nascido já no século 21, ou seja, não antes de 1º de janeiro de 2001.

Cada seleção tem direito a quebrar essa regra com três atletas, os únicos que podem ser inscritos sem respeitar nenhum tipo de limite de idade. O lateral direito Achraf Hakimi, astro de Marrocos, e o zagueiro Nicolás Otamendi, campeão da Copa-2022 com a Argentina, são duas estelas que ocupam essas vagas extras em Paris.

O regulamento atual, com elencos compostos por jogadores sub-23 e direito a três veteranos, está em vigor há nove Olimpíadas, desde Barcelona-1992.

A limitação no uso de jogadores consagrados é acordo político costurado entre COI e Fifa para que o torneio de futebol da Olimpíada seja minimamente atrativo, mas o suficiente para não disputar popularidade com a Copa do Mundo -a mesma preocupação não existe no feminino porque se considera que o crescimento na visibilidade da modalidade é mais lucrativo do que essa competição por atenção.

Mas, de certa forma, essa restrição etária também acaba fazendo algum sentido dentro de como foi construída a história do futebol nos Jogos.

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Para amadores

Durante a maior parte da história, entre Berlim-1936 e Moscou-1980, o futebol olímpico foi exclusividade de atletas amadores. Somente as seleções dos países do bloco socialista conseguiam driblar essa restrição, já que seus principais jogadores não eram funcionários de clubes, mas sim das Forças Armadas e outras estruturas do Estado.

Nas nações capitalistas, criou-se então o hábito de levar para a Olimpíada garotos que ainda não haviam se profissionalizado. Foi nessa época que o torneio passou a ser prioritariamente "para jovens".

Em Los Angeles-1984, para acabar com a vantagem do falso amadorismo das seleções socialistas, a regra foi alterada e jogadores profissionais passaram a ser admitidos na competição. A única ressalva é que eles não poderiam ter disputado anteriormente a Copa do Mundo.

Mesmo com essa mudança de regra, as equipes participantes da Olimpíada continuaram sendo formadas basicamente por meninos em início de carreira, que ainda não haviam tido a oportunidade de chegar ao Mundial. Assim sendo, a transição para um torneio sub-23 acabou sendo algo natural.

Futebol masculino na Olimpíada - 2ª rodada

Amanhã, às 10h - Argentina x Iraque (Grupo B)
Amanhã, às 10h - República Dominicana x Espanha (Grupo C)
Amanhã, às 12h - Uzbequistão x Egito (Grupo C)
Amanhã, às 12h - Ucrânia x Marrocos (Grupo B)
Amanhã, às 14h - Israel x Paraguai (Grupo D)
Amanhã, às 14h - Nova Zelândia x Estados Unidos (Grupo A)
Amanhã, às 16h - Japão x Mali (Grupo D)
Amanhã, às 16h - França x Guiné (Grupo A)

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