Rafael Reis

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Messi, Neymar e mais: 7 astros do futebol mundial que têm o ouro olímpico

Pelé e Mané Garrincha nunca disputaram uma Olimpíada. Diego Maradona também não. Romário descolou uma medalha de prata em Seul-1988. E Ronaldo Fenômeno ficou com o bronze em Atlanta-1996.

Mas há outros grandes nomes da história do futebol mundial que tiveram melhor sorte nos Jogos Olímpicos e saíram dele com o objetivo máximo de cada atleta que disputa a competição: o ouro.

O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete astros da modalidade que podem se orgulhar e dizer que são campeões olímpicos.

LIONEL MESSI (ARG)
Ouro em Pequim-2008

Foi só na Copa América-2021 que o camisa 10 mais famoso deste século conquistou seu primeiro título com a seleção principal da Argentina. Mas, nas equipes inferiores, Messi já havia sido campeão mundial sub-20 e também medalhista olímpico de ouro. O então garoto do Barcelona era um dos vários jogadores acima da média de uma estrelada equipe que meteu 3 a 0 sobre o Brasil na semifinal e fez 1 a 0 contra a Nigéria na decisão. Além de Messi, Ángel di María, Sergio Agüero e Juan Román Riquelme também faziam parte do elenco comandado por Sergio Batista.

NEYMAR (BRA)
Ouro no Rio de Janeiro-2016

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Imagem: REUTERS/Murad Sezer

Quando Neymar despontou no cenário internacional, os torcedores brasileiros acreditavam que ele seria o cara que faria a seleção vencer novamente uma Copa do Mundo. Esse objetivo, ele ainda não conseguiu. Mas, o meia-atacante resolveu uma lacuna histórica do futebol mais vitorioso do planeta. Foi com Neymar como camisa 10 e principal jogador que a equipe canarinho venceu pela primeira vez o torneio olímpico de futebol... e ainda por cima em casa. Na final contra a Alemanha, o astro fez o gol no tempo normal e ainda cobrou o pênalti decisivo.

FERENC PUSKÁS (HUN)
Ouro em Helsinque-1952

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Imagem: Divulgação/TupiFM

Um dos maiores artilheiros da história do futebol e nome do prêmio concedido pela Fifa ao autor do gol mais bonito do ano, o "Major Galopante" beneficiou-se da regra que proibia a presença de jogadores profissionais no torneio olímpico para fazer dar a medalha de ouro á Hungria. Como Puskás (e seus outros companheiros de seleção) eram funcionários do governo comunista, e não dos clubes que defendiam em seu país, essa regra não se aplicava a eles, que deitaram e rolaram na Finlândia. O atacante, que mais tarde iria para o Real Madrid e perderia o status de amador, fez um dos gols da vitória por 2 a 0 sobre a Iugoslávia, na decisão.

PEP GUARDIOLA (ESP)
Ouro em Barcelona-1992

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Imagem: Gianni Ferrari/Getty Images

Eternizado como um dos grandes técnicos que o futebol já viu, Guardiola também era um exímio jogador. Atuando como volante e zagueiro, ele marcou época no início dos anos 1990 com o Barcelona que ganhou praticamente todos os títulos possíveis e também ajudou a Espanha a se transformar na última seleção europeia a ganhar um ouro olímpico. Pep, então com 21 anos, foi um dos protagonistas do time que aproveitou o fator casa para derrotar a Polônia por 3 a 2, com direito a gol decisivo nos acréscimos do segundo tempo, e subir ao degrau mais alto do pódio em 1992.

LEV YASHIN (URSS)
Ouro em Melbourne-1956

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Imagem: Reprodução

Único goleiro a ganhar a Bola de Ouro, na época entregue ao melhor jogador europeu da temporada, o "Aranha Negra" esteve em campo em dois dos três títulos conquistados ao longo da história pela seleção soviética: a Eurocopa-1960 e a Olimpíada-1956. Nos Jogos de Melbourne, a equipe de Yashin também se beneficiou do regulamento "antiprofissional" que havia ajudado a Hungria a ser campeã olímpica quatro anos antes. Ou seja, não foi nenhuma coincidência o fato de a decisão do torneio ter sido entre duas seleções de nações comunistas (a Iugoslávia ficou com a prata).

SAMUEL ETO'O (CAM)
Ouro em Sydney-2000

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Imagem: Reprodução

Muito antes de se transformar no presidente da Federação Camaronesa de Futebol, o atacante que fez história com as camisas de Barcelona e Inter de Milão já havia ajudado muito o esporte do seu país. Um dos grandes jogadores que a África já produziu, Eto'o disputou sua primeira Copa do Mundo com 17 anos e, dois anos mais tarde, sagrou-se campeão olímpico, a única conquista global do futebol de Camarões. Mesmo ainda muito jovem, o atacante teve papel decisivo na medalha de ouro. Afinal, foi dele o gol que empatou a final contra a Espanha e levou a decisão para os pênaltis. Na hora das cobranças, ele ainda converteu seu tiro (o segundo das cinco batidas dos africanos).

CARLOS TEVEZ (ARG)
Ouro em Atenas-2004

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Imagem: Mike Finn-Kelcey/Reuters

Meses antes de se transferir para o Corinthians e iniciar sua jornada no futebol internacional, Carlitos "roubou" para si o futebol dos Jogos de Atenas. Tevez não foi apenas o grande nome da medalha de ouro conquistada pela Argentina, mas também ocupou com folga o posto de craque da competição. O atacante balançou as redes em cinco dos seis compromissos da seleção albiceleste, marcou o gol do título (vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai) e foi o artilheiro do torneio (oito tentos, três a mais que o paraguaio José Cardozo).

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Os Jogos de 1996 foram realizados em Atlanta, e não em Atenas. Neymar ganhou o ouro com o Brasil no Rio-2016, e não em 2006. Já Messi foi campeão olímpico em Pequim-2008, e não em Londres. Os erros foram corrigidos.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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