De Gabigol a Ganso: 7 brasileiros que não deixaram saudades na Europa
Romário, Bebeto, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Neymar. Esses são só alguns dos jogadores brasileiros que fizeram sucesso no futebol nacional e conseguiram repetir a dose quando se mandaram para a Europa.
Mas essa trajetória não é uma regra. A história do país pentacampeão mundial também está cheia de exemplos de atletas que foram para o Velho Continente acreditando que dariam show e acabaram se dando mal por lá.
Os casos de fracassos brasileiros no futebol europeu podem ser contados aos montes. O "Blog do Rafael Reis" selecionou sete desses insucessos que não deixaram saudades do lado de lá do Oceano Atlântico.
GABIGOL
Inter de Milão (ITA): 2016/17
Benfica (POR): 2017/18
Artilheiro de duas edições do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores da América, além de um dos maiores responsáveis pelo protagonismo alcançado pelo Flamengo na última década, Gabriel Barbosa deve agradecer aos céus por ter tido a oportunidade de reconstruir sua carreira no país pentacampeão mundial. Afinal, os meses que passou na Europa foram catastróficos. No período de um ano e meio em que vestiu as camisas da Inter de Milão e do Benfica, o atacante ficou em campo durante apenas 347 minutos, menos de quatro partidas inteiras, foi criticado por não se dedicar aos treinamentos e viu o apelido de Gabigol ser seriamente questionado. Foi preciso um empréstimo ao Santos (e depois ao Flamengo, onde está até hoje) para que o jogador colocasse novamente a carreira no lugar.
PAULINHO
Bayer Leverkusen (ALE): 2018 a 2022
Artilheiro do Brasileirão no ano passado, o astro do Atlético-MG era tratado como um jogador de potencial semelhante ao de Vinícius Jr. quando ambos estavam na base. Por isso, a venda de Paulinho para o futebol europeu assim que ele completou 18 anos foi algo bastante natural. Só que lá no Velho Continente, a trajetória do garoto revelado pelo Vasco se distanciou bastante do caminho construído pelo hoje camisa 7 do Real Madrid. Enquanto Vini virou um "world class", Paulinho mal conseguiu sair do banco no Bayer Leverkusen. Depois de míseras 79 partidas disputadas ao longo de cinco anos e meio, os alemães aceitaram liberar Paulinho para retornar ao Brasil e reconstruir sua carreira por aqui.
PEDRO
Fiorentina (ITA): 2019
Principal centroavante em atividade no futebol brasileiro e convocado por Dorival Jr. para a seleção, o camisa 9 do Flamengo teve uma passagem relâmpago pela Itália pouco depois de explodir no Fluminense. Pedro ficou só um semestre na Fiorentina e foi utilizado durante apenas 59 minutos diluídos em quatro partidas. Seu único gol no futebol europeu foi marcado pela equipe primavera do clube, durante um empréstimo às categorias de base para não ficar completamente sem ritmo de jogo. O Flamengo percebeu que Pedro estava sendo subaproveitado no Calcio e não perdeu a oportunidade de buscá-lo.
KEIRRISSON
Barcelona (ESP): 2009
Benfica (POR): 2009
Fiorentina (ITA): 2010
Arouca (POR): 2017
Quando foi contratado pelo Barcelona, Keirrison era o destaque do Palmeiras no Campeonato Paulista, vinha sendo tratado como futuro camisa 9 da seleção brasileira e havia conquistado o prêmio de artilheiro do futebol brasileiro no ano anterior. Mas o sucesso que fazia por aqui não lhe ajudou nem um pouquinho no Velho Continente. Descartado por Pep Guardiola sem ao menos ter disputado uma partida no clube catalão, foi emprestado a Benfica e Fiorentina para ganhar experiência internacional. Como não se destacou em nenhum desses clubes (fez dois gols e 19 partidas), nunca mais voltou ao Barça e acabou liberado para retornar ao país natal. Com problemas físicos, familiares e psicológicos, está afastado dos gramados desde 2018.
DUDU
Dínamo de Kiev (UCR): 2011 a 2014
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OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberUm dos grandes nomes da história recentre do Palmeiras, Dudu já teve uma experiência fora no solo europeu, e ela passou longe de ter o mesmo êxito da sua passagem pelo Palestra. Campeão mundial sub-20 com a seleção brasileira em 2011, ele foi negociado logo após a competição pelo Cruzeiro e se mudou para a Ucrânia. Dudu passou duas temporadas e meia no Dínamo de Kiev, mas nunca emendou mais de quatro jogos consecutivos sendo aproveitado. Esquecido no banco, foi emprestado ao Grêmio em 2014 e nunca mais retornou para o Leste Europeu.
DOUGLAS
Barcelona (ESP): 2014 a 2016
Sporting Gijón (ESP): 2016 a 2017
Benfica (POR): 2017 a 2018
Sivasspor (TUR): 2018 a 2019
Besiktas (TUR): 2019 a 2022
A notícia de que o São Paulo havia vendido Douglas para o Barcelona foi um choque até para os torcedores do clube do Morumbi. Afinal, quando o negócio foi fechado em 2014, o lateral direito era um dos jogadores mais criticados do elenco tricolor. Mas o Barça acreditou no potencial ofensivo de Douglas e apostou que ele poderia se tornar um novo Daniel Alves. Bem, os oito jogos que o brasileiro disputou com a camisa culé ao longo de cinco anos de contrato mostraram que o tiro passou longe do alvo. Após três empréstimos para outros times europeus, Douglas foi liberado gratuitamente para assinar com o Besiktas, onde praticamente não jogou (sete partidas em três temporadas).
PAULO HENRIQUE GANSO
Sevilla (ESP): 2016 a 2018
Amiens (FRA): 2018 a 2019
A ida do hoje campeão da Libertadores pelo Fluminense para o Sevilla despertou a crença de que o futebol europeu poderia dar a Ganso a regularidade que ele nunca conseguiu ter na carreira. Mas não foi o que aconteceu. No Sevilla, o meio-campista teve problemas de relacionamento com o técnico Jorge Sampaoli. Cedido ao Amiens, também não emplacou na França e acabou liberado para retornar ao Brasil e assinar com o Fluminense mesmo antes do fim do contrato de empréstimo.
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