Rafael Reis

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Como Messi financiou início de carreira de destaque do Corinthians

Líder de assistências do Corinthians na temporada e um dos nomes mais queridos pela torcida alvinegra, Rodrigo Garro talvez não seria jogador profissional de futebol se não fosse por Lionel Messi.

Como todo garoto argentino da sua geração, o meia se encantou pela modalidade vendo o camisa 10 mais famoso deste século fazendo mágica com a bola nos pés com as camisas do Barcelona e da seleção albiceleste.

Mas, no caso específico de Garro, a participação do recordista de prêmios de melhor jogador do mundo na sua carreira vai muito além do campo da inspiração. O craque literalmente financiou seus primeiros passos em campos de futebol.

Quando ainda era um adolescente, o meia corintiano passou três anos treinando e desenvolvendo seus fundamentos na Fundação Leo Messi. Foi só depois dessa experiência que ele ingressou nas categorias de base de um clube.

O papel de Messi

Nascido na província de Pampa, região de pouca tradição no futebol argentino, Garro tinha 13 anos quando ingressou na Fundação Leo Messi, uma entidade beneficente mantida pelo hoje astro do Inter Miami que auxilia na formação de crianças carentes.

Já residindo em Rosario, cidade-natal do ídolo e onde boa parte das ações do projeto social está concentrada, o meia permaneceu até 2014 treinando exclusivamente no instituto e disputando campeonatos locais.

Seu bom desempenho começou a ser notado pelos clubes da região, e ele acabou sendo chamado para jogar na base do Atlético de Rafaela. Depois, transferiu-se para o Instituto de Córdoba, equipe pela qual se profissionalizou. Depois, se destacou pelo Talleres.

No começo do ano, quando foi contratado pelo Corinthians, Garro tratou de lembrar da importância que Messi teve na sua carreira. "Tenho como referência o melhor jogador do mundo, que é o Messi. Não tem como ser outro, é o Messi. Meus primeiros passos foram na escola dele."

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Disputa com Coronado

Apesar de vestir a mesma camisa 10 de Messi e de já ter dado sete passes para gol nesta temporada, Garro não tem mais um posto de titular absoluto do Corinthians.

O argentino tem se revezado com Igor Coronado como principal responsável pela criação alvinegra. Por isso, começou no banco nos dois jogos do confronto contra o Fortaleza, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Em compensação, foi escalado desde o começo nas últimas 11 rodadas do Brasileirão.

A torcida tem cobrado de Ramón Díaz que utilize Garro e Coronado juntos. No entanto, o técnico tem resistido bravamente ao clamor popular e só testa essa alternativa com as partidas já em andamento, nunca na escalação inicial.

Renascimento corintiano

Depois de gastar pesado na última janela de transferências, com a chegada de reforços do porte do astro holandês Memphis Depay e do também atacante peruano André Carrrillo, o Corinthians começou a dar sinais de reação na temporada.

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Pela primeira vez desde maio, o time paulista conseguiu emendar três vitórias consecutivas: as duas contra o Fortaleza, que valeram a classificação para a semi da Sul-Americana, e um 3 a 0 sobre o Atlético-GO.

Mas, mesmo com esse renascimento, o Corinthians ainda continua na zona de rebaixamento do Brasileirão. Na 17ª colocação, com 28 pontos ganhos, a equipe alvinegra pode escapar do grupo da degola se descolar pelo menos um empate no clássico com o São Paulo, hoje, no MorumBIS.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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