Rafael Reis

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City pequeno e Messi zerado: o futebol na última Bola de Ouro do Brasil

Após 17 anos, o futebol brasileiro está prestes a ganhar novamente um prêmio importante de melhor jogador do mundo.

Principal nome do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões da Europa na última temporada, Vinícius Júnior é o maior candidato para ficar com a Bola de Ouro, que será entregue na segunda-feira.

Caso confirme o favoritismo, o ex-Flamengo será o primeiro representante do país pentacampeão mundial a ser consagrado como o craque máximo do planeta desde as vitórias de Kaká tanto na Bola de Ouro quanto na eleição da Fifa, em 2007.

Mas será que você lembra como era o cenário do futebol da última vez que o Brasil teve um melhor do mundo? O "Blog do Rafael Reis" mostra abaixo que as coisas eram bem diferentes do que experimentamos atualmente.

City pequeno

Quando Kaká foi agraciado com seus prêmios individuais, o Manchester City ainda era uma força completamente irrelevante no futebol internacional. Foi só em 2008 que o atual tetracampeão inglês foi comprado por um fundo ligado ao governo de Abu Dhabi e deu início ao processo que o transformou em uma máquina de conquistar títulos.

Aliás, lá em 2007, o campeonato nacional, que hoje é dominado pelo City, ainda não era essa unanimidade toda. A Premier League já tinha seus fãs espalhados pelo mundo, mas ainda mantinha uma relação equilibrada com a La Liga espanhola e a Serie A italiana nos pontos de vista técnico e midiático.

Na temporada 2006/07, o campeão inglês foi o outro time de Manchester, o United, ainda sob comando do lendário técnico Alex Ferguson. Real Madrid (Espanha), Inter de Milão (Itália), Stuttgart (Alemanha), Lyon (França) e Porto (Portugal) também venceram ligas nacionais de ponta.

A Liga dos Campeões foi vencida pelo Milan, que derrotou o Liverpool por 2 a 1 na revanche da final que havia sido jogada dois anos antes. Kaká não foi apenas o líder da conquista rossonera, como também o artilheiro da competição, com dez gols.

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Messi e CR7 zerados

Kaká foi o último jogador a vencer os prêmios de melhor do mundo antes do início da era "Cristiano Ronaldo/Lionel Messi", que praticamente monopolizou as eleições por mais de uma década.

A dupla de futuros astros até subiu ao pódio da Bola de Ouro e da Fifa ao lado do brasileiro. Mas só nos anos seguintes conseguiu chegar ao degrau mais alto —-CR7 foi eleito pela primeira vez em 2008, e o argentino, na temporada posterior.

A turma dos grandes nomes da época, aqueles que ficaram nas primeiras posições das premiações individuais, contava ainda com Didier Drogba (Chelsea), Ronaldinho (Barcelona), Steven Gerrard (Liverpool), Andrea Pirlo (Milan), Thierry Henry (Barcelona), Ruud van Nistelrooy (Real Madrid) e Zlatan Ibrahimovic (Inter de Milão).

Seleção campeã

Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Kaká e Ronaldinho; Robinho e Vágner Love. Foi com essa formação que a seleção brasileira empatou sem gols com a Colômbia, na abertura das eliminatórias da Copa-2010, em outubro de 2007.

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No primeiro ano depois da traumática participação no Mundial-2006, com direito a um "quadrado mágico" ineficiente e treinamentos que mais pareciam festas de confraternização com tietes, a equipe dirigida por Dunga ganhou uma Copa América e só sofreu uma derrota em 18 partidas disputadas.

Apesar do tetracampeonato conquistado no ano anterior, a Itália já era não mais tratada como a melhor seleção do planeta. Perante a opinião pública, esse posto era dividido entre Brasil, França (sem o recém-aposentado Zinédine Zidane) e Argentina (da estrela ascendente Messi).

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