Rafael Reis

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Como Klopp, novo diretor da Red Bull, irá atuar no dia a dia do Bragantino

Sem vencer há dois meses, ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasileiro e vivendo atualmente seu pior momento desde que passou a ser administrado pela Red Bull, o Bragantino terá um reforço de peso a partir da virada do ano.

No dia 1º de janeiro de 2025, o alemão Jürgen Klopp, um dos técnicos mais badalados do planeta e responsável direto pelo sucesso do Liverpool na última década, assumirá o posto de diretor global de futebol do conglomerado austríaco... e, consequentemente, da equipe de Bragança Paulista.

O anúncio, feito há cerca de 20 dias, promete dar um gás novo para o projeto futebolístico da empresa de energéticos no Brasil, que tem patinado como nunca nesta temporada.

De acordo com apuração do "Blog do Rafael Reis", ainda não existe nenhuma viagem marcada do treinador vencedor da Liga dos Campeões da Europa de 2018/19 e da Premier League inglesa de 2019/20 para Bragança Paulista. Mas a expectativa pelas contribuições de Klopp já é enorme.

O que Klopp pode fazer no Bragantino?

No organograma do futebol da Red Bull que entrará em vigor a partir do próximo ano, Klopp aparece acima da direção de todos os clubes do grupo. Ou seja, ele participará da vida das equipes administradas pela empresa, mas não trabalhará diariamente com nenhuma delas.

O papel do treinador alemão será consultivo. Basicamente, ele não tomará nenhuma decisão, função que continuará a cargo de cada gestor. Em compensação, poderá expor suas posições e opiniões sobre absolutamente tudo (modelos de jogo, integrantes da comissão técnica, métodos de treinamento, montagem de elencos).

Uma das principais missões para a qual Klopp foi contratado é para exercer uma espécie de mentoria para os técnicos do grupo Red Bull. A ideia é que os treinadores do conglomerado, inclusive os do Bragantino, tenham reuniões periódicas com o ex-Liverpool para receberem orientações de como trabalhar em campo.

O alemão também terá papel importante no setor de captação de novos jogadores da empresa. O técnico analisará vídeos e dados coletados de atletas do mundo inteiro para indicar os melhores negócios (reforços a serem contratados) para cada um dos times da Red Bull.

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Como é o grupo Red Bull?

Dono da marca de energéticos mais conhecida do planeta, o grupo Red Bull completa no próximo ano duas décadas de investimento em futebol.

O primeiro time do conglomerado foi o Salzburg, que ganhou nada menos que 14 títulos austríacos desde que passou a ser administrado pelo conglomerado e está classificado para a edição de estreia do Super Mundial de Clubes da Fifa, entre junho e julho de 2025.

A Red Bull tem também equipes na Alemanha (RB Leipzig) e nos Estados Unidos (New York Red Bulls). Por aqui, a empresa criou primeiro o Red Bull Brasil (2007), que nunca foi além da Série D nacional.

Em 2019, buscando resultados mais expressivos no futebol pentacampeão nacional, a fábrica de energéticos assumiu a operação do Bragantino, que imediatamente conquistou o acesso à elite do futebol brasileiro.

Momento ruim

Depois de ser vice-campeão da Copa Sul-Americana (2021) e até disputar duas edições da Libertadores (2022 e 2024), o Bragantino vive agora sua pior fase da "era Red Bull".

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A equipe venceu pela última vez no dia 1º de setembro (2 a 1 sobre o Bahia) e já entrou na zona de rebaixamento do Brasileirão -ocupa a 17ª colocação, com os mesmos 34 pontos do Athletico-PR, por ora livre do descenso devido ao saldo de gols.

O risco de retornar à segunda divisão custou o emprego do técnico Pedro Caixinha. Há um ano e dez meses no cargo, o português foi demitido no fim de semana, após a derrota em casa para o líder Botafogo.

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