Rafael Reis

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Em pior fase e com contrato terminando, Guardiola vive fim de ciclo no City

Pep Guardiola nunca esteve tão próximo de deixar o comando do Manchester City, clube onde trabalha desde 2016 e pelo qual conquistou seis títulos do Campeonato Inglês e um da Liga dos Campeões da Europa.

O catalão, que já vinha há tempos se recusando a dar respostas objetivas para questionamentos se pretenderia renovar seu contrato com a equipe azul celeste, vive agora o pior momento da sua carreira como treinador.

Pela primeira vez desde que estreou no banco de reservas, 17 temporadas atrás, o ex-volante sofreu quatro derrotas consecutivas: para Tottenham, Bournemouth, Sporting e Brighton.

A sequência inédita levantou ainda mais dúvidas sobre o futuro do técnico mais badalado do futebol mundial neste século, cujo contrato com o City termina em junho.

E, mesmo além dos incomuns resultados negativos das últimas semanas, não faltam indícios de que esse vitorioso casamento entre Guardiola e o clube de Manchester está realmente vivendo seus últimos dias.

Fim de ciclo

Os rumores de que o treinador não pretende renovar com o City ganharam mais força no começo do mês passado, quando Txiki Begiristain anunciou que irá se aposentar no fim da temporada.

O diretor de futebol é uma espécie de braço direito de Guardiola. Eles jogaram juntos no Barcelona, reencontraram-se fora de campo na equipe catalã e depois levaram a parceria para a Inglaterra.

Begiristain é alguém que entende perfeitamente a filosofia do técnico e a estende para fora das quatro linhas. Por isso, sua saída tem sido tratada pela imprensa inglesa como um sinal de fim de ciclo no Etihad Stadium.

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Além do adeus do dirigente, outro sinal de que os dias de Guardiola em Manchester estão contados é a possível despedida do meia Kevin de Bruyne. Um dos homens de confiança do treinador, o belga também ficará sem contrato no meio de 2025 e nada indica que renovará seu vínculo.

Risco de rebaixamento

Em várias oportunidades em que foi perguntado sobre o futuro no City, o catalão falou que nem sabe se continuará dentro da "realidade financeira" do time para os próximos anos.

A incerteza relatada por Guardiola tem a ver com o julgamento das 115 possíveis violações das regras financeiras do futebol inglês que teriam sido cometidas pelo clube entre 2009 e 2018.

O caso chegou aos tribunais em setembro, mas a sentença ainda deve demorar alguns meses para ser proferida. Caso seja condenado, o City pode perder pontos na Premier League ou até mesmo ser rebaixado, o que inviabilizaria a permanência do treinador e de boa parte do elenco estrelado que ele comanda.

Futuro na seleção?

Na semana passada, o "The Athletic", braço esportivo do jornal norte-americano "The New York Times", publicou que a CBF estaria se mexendo para contratar Guardiola assim que ele deixar o City.

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A entidade que gerencia o futebol brasileiro, no entanto, negou ter procurado o treinador catalão e ressaltou que a seleção continuará nas mãos de Dorival Júnior.

Guardiola já falou inúmeras vezes que pretende dirigir uma seleção no futuro e que adoraria que esse trabalho fosse à frente do Brasil. Em 2012, quando deixou o Barcelona, ele chegou a "se oferecer" para comandar a equipe pentacampeã mundial, mas nada aconteceu, e o catalão seguiu sua carreira no Bayern de Munique.

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