Rafael Reis

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Paulinho vai de 'Vini Jr. que deu errado' a possível craque da Libertadores

Cinquenta gols em dois anos, dois títulos mineiros, artilharia do Campeonato Brasileiro e convocação para a seleção principal.

Paulinho não tem dúvidas de que o casamento com o Atlético-MG, que terá seu capítulo mais importante neste sábado, com a disputa da final da Copa Libertadores da América, contra o Botafogo, em Buenos Aires, é aquilo que de melhor já aconteceu na sua carreira.

Afinal, foi em Belo Horizonte que o atacante de 24 anos conseguiu mandar para escanteio o estigma de ser o "Vinícius Jr. que deu errado" para se transformar em um dos melhores jogadores em atividade não apenas no Brasil, como em todo o futebol sul-americano.

'Vini Jr. que deu errado'

Contemporâneo do segundo colocado da última Bola de Ouro nas seleções brasileiras de base, Paulinho sempre foi comparado a Vini Jr. e era tratado como uma espécie de "resposta do Vasco" ao talentoso garoto formado pelo Flamengo.

Assim como o velho companheiro de amarelinha, o agora astro do Atlético-MG foi vendido cedo para o exterior. Assim que completou 18 anos, deixou o Rio de Janeiro para jogar no Bayer Leverkusen.

Mas foi na chegada à Europa que a carreira de Paulinho tomou um caminho completamente diferente da de Vini. Enquanto o amigo foi lapidado pelo Real Madrid até se converter em um craque de primeiro escalão do futebol mundial, o ex-Vasco simplesmente não deu certo na Alemanha.

O atacante passou quatro temporadas e meia no Leverkusen e foi dirigido por cinco técnicos diferentes no período. Nenhum deles tratou o brasileiro como titular e nem lhe deu uma sequência de jogos realmente expressiva.

É verdade que Paulinho teve uma lesão grave nesse meio-tempo e ficou oito meses sem jogar devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito. Mas, no restante do período em que residiu na Alemanha, jogou menos do que esperava porque não rendia o suficiente.

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No total, o atacante disputou 79 jogos, marcou nove gols e deu cinco assistências pelo Leverkusen. Números que ele não demorou muito para superar depois que se transferiu para o Atlético-MG.

A chance que ele esperava

Quando Paulinho resolveu voltar ao Brasil, no começo do ano passado, Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG o procuraram. Curiosamente, o atacante escolheu o time que menos títulos havia conquistado nos últimos anos... e nunca se arrependeu disso.

O atacante ganhou a camisa 10 e logou virou protagonista da equipe mineira. No primeiro ano, foi artilheiro do Brasileirão (20 gols, recorde da sua carreira) e ganhou a oportunidade de reencontrar Vini Jr. na seleção adulta -ambos participaram da derrota por 2 a 1 para a Colômbia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo.

A segunda temporada de Paulinho no Atlético-MG tem sido mais discreta em números, mas brilhante em pelo menos uma competição, a Libertadores. O jogador é o vice-artilheiro do torneio, balançou as redes nas quatro primeiras rodadas e fez também um dos gols que eliminaram o River Plate nas semifinais.

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