Não é só alegria: ano de Textor também tem rebaixamento e crise econômica
John Textor ainda está comemorando o primeiro título de Copa Libertadores da América da história do Botafogo e certamente já iniciou a contagem regressiva para levantar também o troféu do Campeonato Brasileiro.
Mas, apesar do sucesso da equipe carioca, o ano dos investimentos do magnata norte-americano em futebol não foi tão espetacular assim.
Muito pelo contrário: em 2024, Textor também precisou conviver com a dor do rebaixamento e com os graves problemas financeiros que ameaçam o futuro do clube mais poderoso do seu portfólio.
O "Blog do Rafael Reis" mostra abaixo como foi o ano que está para terminar dos outros times que estão nas mãos do icônico dono da SAF do Botafogo.
Lyon (FRA)
No primeiro semestre, conseguiu uma arrancada que lhe deu nove posições. Com isso, afastou o risco real de rebaixamento com que convivia para terminar o Campeonato Francês na sétima posição.
Porém, até para não deixar que o time caísse para a segunda divisão, Textor ignorou as recomendações do fair play financeiro da França e continuou gastando mais do que arrecadava.
Resultado: o Lyon agora está proibido de contratar na próxima janela de transferências e será automaticamente rebaixado no fim da temporada se não começar a sanar a dívida de 505 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões) nos próximos meses.
RWD Molenbeek (BEL)
O time, que iniciou o ano sendo dirigido pelo ex-zagueiro brasileiro Cláudio Caçapa (interino do Botafogo durante meio mês em 2023), teve uma participação desastrosa no Campeonato Belga.
O Molenbeek só conseguiu sete vitórias ao longo das 36 rodadas da competição. Em compensação, sofreu nada menos que 76 gols. Com tantos tropeços, fechou a temporada na penúltima posição e voltou para a segundona.
E a campanha na Proximus League de 2024/25 também não está sendo grande coisa. A equipe de Textor ocupa a terceira posição e está seis pontos abaixo da zona de acesso direto para a elite. Se mantiver a colocação atual, terá de participar de um playoff para tentar retornar à primeira divisão.
Crystal Palace (ING)
Diferente de Botafogo, Lyon e Molenbeek, o time da Premier League não é diretamente administrado por Textor. Afinal, o investidor norte-americano não possui o controle acionário da operação (é dono de 45% do clube).
Esse é um dos motivos pelos quais o empresário decidiu colocar suas ações à venda. Seu desejo é ser o verdadeiro dono de uma equipe na Inglaterra, o que não tem conseguido no Selhurst Park -já falhou na tentativa de comprar o Everton.
Dentro de campo, o Palace teve um bom ano, não tão brilhante quanto o do Botafogo, mas sem o mesmo desespero dos seus outros "coirmãos".
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Quero receberDirigido por Oliver Glasner desde fevereiro, o time terminou a última Premier League na décima colocação e teve o francês Jean-Philippe Mateta (16 gols) como principal artilheiro. Na atual temporada, a situação está mais complicada, e a equipe ocupa a 17ª posição, a primeira fora da zona de rebaixamento.
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