Como Vini Jr. ensinou o Real Madrid a ter mais paciência com Endrick
A trajetória de sucesso de Vinícius Júnior fez Endrick receber um voto de confiança reforçado da diretoria do Real Madrid.
Apesar de o desempenho do atacante em sua primeira temporada na Europa estar abaixo das expectativas, o clube espanhol continua acreditando que ele possa se transformar em um dos grandes nomes do futebol mundial nos próximos anos.
E o motivo dessa crença toda é justamente a história que Vini construiu no Santiago Bernabéu.
O camisa 7 passou um bom tempo sofrendo críticas diárias de torcedores e jornalistas por não alcançar um nível de performance compatível com o Real antes de liderar o time na conquista de duas edições da Liga dos Campeões da Europa e ser segundo colocado na Bola de Ouro-2024.
Classificação e jogos
Como foi com Vini?
Assim como Endrick, Vini também foi contratado pelo gigante espanhol antes dos 18 anos e precisou esperar pela maioridade atuando no Brasil (no Flamengo) até poder se transferir para o clube mais poderoso do planeta.
Na primeira temporada de Real, chegou a jogar cinco vezes pelo Castilla (time B) na terceira divisão espanhola para ganhar ritmo de jogo e se adaptar a um estilo de futebol que não conhecia.
Já no time principal, Vini disputou 31 partidas, marcou três gols e deu 12 assistências. Suas melhores atuações foram na Copa do Rei, competição menos importante que o clube aproveitava para rodar o elenco e dar chance aos jogadores menos utilizados.
Apesar desses bons momentos vividos no torneio mata-mata, o brasileiro "apanhou" bastante da crítica especializada espanhola. A avaliação mais recorrente na época era que o atacante tinha talento e era um driblador nato, mas deixava muito a desejar nas finalizações e quase sempre fazia escolhas erradas na hora de dar prosseguimento às jogadas.
Como está sendo com Endrick?
O garoto revelado pelo Palmeiras escapou do rebaixamento experimentado por Vini e já foi incorporado logo de cara ao elenco principal, sem necessidade de escala por equipes inferiores.
O atacante marcou tanto na estreia no Espanhol (contra o Valladolid) quanto na Champions (ante o Stuttgart), mas não ganhou a confiança do técnico Carlo Ancelotti e tem sido utilizado à conta-gotas por ele.
O pouco aproveitamento (disputou um jogo em outubro e esteve em campo por só 29 minutos em novembro) despertou rumores de que Endrick seria emprestado na janela de transferências de janeiro. Mas esse não é o plano do Real.
Preocupação maior é com Mbappé
A situação do jovem brasileiro está longe de ser o principal problema com o qual o time da capital espanhola está tendo de lidar nesta temporada.
No momento, nada preocupa mais o Real do que o futebol mostrado Kylian Mbappé. Principal reforço para 2024/25, o astro francês está balançando as redes menos do que se imaginava (dez gols), já perdeu dois pênaltis e protagonizou desentendimentos com Jude Bellingham, outra estrela merengue.
Com o desempenho ruim de Mbappé, o Real não conseguiu decolar. No Campeonato Espanhol, está quatro pontos atrás do líder Barcelona (ainda que tenha um jogo a menos). Já na Champions, ocupa a 24ª colocação, justamente a última que dá vaga para a repescagem pré-playoffs, Ou seja, se der mole, corre risco até de ser eliminado já na fase de liga.
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