Após 11 minutos na Inglaterra, ex-Palmeiras já é alvo de clubes brasileiros

A motivação deles é que Luis Guilherme praticamente não tem sido aproveitado na Europa. Ele só foi utilizado em duas partidas desde que chegou ao West Ham: jogou quatro minutos contra o Ipswich Town, em outubro, e mais sete minutos ante o Everton, no mês passado.

Por que tão pouco?

Reforço de 23 milhões de euros (R$ 147 milhões), o brasileiro tem sido pouco utilizado pelo West Ham devido a duas razões principais.

A primeira é que o técnico espanhol Julen Lopetegui tem o conservadorismo na inserção de peças novas na equipe como uma das principais características do seu trabalho.

O treinador costuma dar preferência aos jogadores que já conhecem bem o tipo de futebol que ele defende. Por conta disso, demora para lançar os reforços que contrata. Um exemplo dessa filosofia é que o centroavante alemão Niclas Füllkrug, vice-campeão europeu com o Borussia Dortmund na última temporada, ainda não é tratado como titular em Londres.

A situação de Luis Guilherme é mais delicada porque tem dois agravantes para essa desconfiança já natural de Lopetegui. Uma é a pouca idade. E a outra, o fato de ter vindo de um mercado com estilo de jogo bem diferente do praticado na elite inglesa.

A indefinição sobre o futuro de Lucas Paquetá é outro fator que acaba indiretamente diminuindo a minutagem do jovem brasileiro.

Um dos motivos que fizeram o West Ham investir em Luis Guilherme é o fato de ele ter características semelhantes às do seu camisa 10, que pode ser proibido de atuar profissionalmente por um suposto envolvimento com esquema de manipulação para favorecer apostas esportivas.

Só que, enquanto seu caso não é julgado, Paquetá continua atuando normalmente e tirando espaço que poderia estar sendo ocupado por seu "sucessor". Caso seu veredicto já tivesse sido anunciado, o meia da seleção hoje estaria suspenso ou em outra equipe (o Manchester City só não o contratou ainda justamente por conta da insegurança jurídica em torno do seu nome).

Europa tem preferência

Apesar do interesse brasileiro em repatriar Luís Guilherme, o West Ham considera mais interessante para o desenvolvimento do jogador emprestá-lo para um mercado secundário da Europa, como Portugal ou Holanda.

Mas isso apenas se o meia for mesmo liberado para fazer a segunda metade da temporada 2024/25 em outro clube.

A expectativa em Londres é que o jovem passe a receber mais oportunidades a partir deste mês, quando começa fase mais intensa das competições na Inglaterra -o West Ham tem previstos sete jogos ao longo dos próximos 30 dias.