'Cemitério de brasileiros' faz nova vítima e deixa lateral longe da seleção

E a vítima da vez é justamente o jogador revelado nas categorias de base do Coritiba. Nos seus primeiros quatro meses em Dortmund, o camisa 2 ficou mais tempo no banco de reservas do que em campo e só disputou uma partida completa.

Reserva de um norueguês

Mesmo sendo comprovadamente um jogador de alta qualidade técnica, Yan Couto não conseguiu convencer o técnico Nuri Sahin de que vale a pena apostar nele para compor a sua linha defensiva aurinegra.

Apesar de ter assumido o comando do Dortmund nesta temporada, o treinador turco optou por manter na equipe titular o mesmo lateral direito que já era utilizado por seu antecessor no cargo.

O norueguês Julian Ryerson, que não ataca tão bem quanto o brasileiro, mas se comporta melhor defensivamente, começou jogando em 18 dos 23 jogos da temporada. E, em quatro das cinco partidas restantes, só não foi escalado porque estava machucado.

Longe da seleção

A baixa minutagem na Alemanha tem afastado Yan Couto da seleção. Depois de ter participado da Copa América (como reserva), quando ainda fazia parte do elenco do Girona, o lateral não voltou mais a vestir a camisa amarelinha.

Na última Data Fifa, mesmo com o jogador do Dortmund à disposição, o técnico Dorival Júnior preferiu convocar para a lateral direita o veterano Danilo (Juventus) e o novato Vanderson (Monaco).

O primeiro começou jogando no empate por 1 a 1 com o Uruguai, enquanto o segundo foi escalado de início frente à Venezuela (mesmo placar).

A próxima oportunidade para Yan Couto dar a volta por cima e retornar à seleção será os confrontos com Argentina e Colômbia, em março do próximo ano. Mas, para isso, ele terá primeiro de superar uma espécie de "maldição".

'Cemitério de brasileiros'

Casos como o de Yan Couto, de brasileiros que não conseguem brilhar como esperado, têm sido cada vez mais comuns na Alemanha.

Ao longo da última década, quase todos os representantes do futebol pentacampeão mundial que passaram pelos clubes germânicos mais poderosos acabaram sendo grandes decepções: Philippe Coutinho (Bayern de Munique), Reinier (Dortmund), Paulinho (Bayer Leverkusen).

Até por conta desses sucessivos fracassos, a Alemanha pouco tem investido em brasileiros. Vinte anos atrás, havia 24 jogadores atuando na Bundesliga. Nesta temporada, eles são apenas nove.