Em Portugal, ex-Corinthians faz 1º gol depois de 7 anos como profissional

O resultado fez o time que já foi dirigido por Abel Ferreira e Artur Jorge ganhar uma posição na tabela e recuperar o posto de "quarta força" do futebol luso que lhe é tradicional -atrás apenas das potências Porto, Sporting e do próprio Benfica.

Temporada difícil

O primeiro gol da carreira é uma bela dose de esperança para uma temporada que não tem sido nada fácil para Bambu.

O zagueiro de 27 anos foi contratado pelo Braga na última janela de transferências. A ideia era que ele tivesse vaga cativa no time. No entanto, o brasileiro ainda não conseguiu emplacar uma sequência de jogos na sua nova casa por conta dos problemas físicos.

Desde que chegou ao time português, o defensor já sofreu duas lesões musculares. A primeira, ainda na pré-temporada, custou-lhe um mês de preparação/adaptação e quatro jogos oficiais. Depois, entre agosto e novembro, ficou 66 dias parados e foi desfalque em 12 partidas.

Com tantas contusões, só atuou em dez dos 32 compromissos disputados pelo Braga na atual temporada. E a partida contra o Benfica, no sábado, foi a primeira em que ele permaneceu em campo durante os 90 minutos desde agosto.

Corinthians foi 'passo atrás'

Formado nas categorias de base do Santos e destaque do Athletico-PR que venceu a Copa do Brasil-2019, Bambu costuma ser lembrado por um deslize cometido na entrevista coletiva de chegada ao Corinthians.

Contratado por um empréstimo no começo de 2022, depois de um ano e meio jogando no Nice, o zagueiro afirmou que trocar a França pela equipe paulista era um "passo atrás" na sua carreira.

"Sempre tive o sonho de jogar no futebol europeu. Não é um sonho só meu, mas de tantos outros jovens. Sempre quando a gente acaba dando esse passo atrás, muitas das vezes a gente pensa e passa muitas coisas na nossa cabeça, mas estou tranquilo em relação a isso", disse, na época.

De fato, o retorno de Bambu ao Brasil para jogar no Corinthians não foi grande coisa. Ao longo de 2022, ele ficou muito mais tempo no banco de reservas do que em campo (fez só 12 jogos). Até por isso, não teve os direitos econômicos comprados ao término do empréstimo.

Como o Nice também não tinha mais interesse no zagueiro, ele acabou cedido no ano seguinte ao Vasco e, na sequência, foi enviado ao Arouca, de Portugal. Foi lá que o Braga descobriu o jogador e se convenceu a pagar o 1,2 milhão de euros (R$ 7,6 milhões) pedido pelos franceses.