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Renato Mauricio Prado

Palmeiras tem elenco para ganhar Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores

Raphael Veiga comemora gol marcado diante o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro - Marcello Zambrana/AGIF
Raphael Veiga comemora gol marcado diante o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

16/01/2021 13h45

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Sem Gustavo Gómez, Patrick de Paula, Danilo, Gabriel Menino, Gabriel Verón e utilizando Luiz Adriano somente em parte do segundo tempo, o técnico Abel Ferreira foi capaz de montar um Palmeiras forte o suficiente para, no primeiro tempo, dar um banho de bola no Grêmio (seu futuro adversário nas finais da Copa do Brasil).

Desperdiçou, porém, muitas oportunidades para marcar (acertou várias bolas na trave) e acabou cedendo o empate, no finalzinho da partida, deixando escapar uma chance de ouro para manter-se vivo na luta pelo título brasileiro, dependendo apenas de seus resultados para superar o líder São Paulo.

E pensar que Vanderlei Luxemburgo, pouco antes de ser demitido, tentava justificar as más atuações de sua equipe, dizendo que o elenco que tinha à disposição era "curto"! Que balela! O grupo palmeirense só perde em qualidade para o do Flamengo. E tem jogadores em forma bem superior à dos rubro-negros. Não à toa está tendo sucesso nos torneios onde o rubro-negro carioca fracassou.

A maratona de jogos que o Verdão enfrentará até à final da Libertadores e, se vencê-la, até o Mundial e a decisão da Copa do Brasil é, sim, pesadíssima. Mas se existe, no momento, um clube que se mostra com capacidade de lutar com chances em todas as frentes é o Palmeiras.

O jogo contra o Corinthians, na próxima segunda-feira, será uma prova de fogo, pois o time de Vagner Mancini vem em grande fase (quatro vitórias consecutivas) e de uma goleada impiedosa sobre o Fluminense. Mas se Abel Ferreira, com todos os titulares, conseguir que sua equipe mantenha, durante toda a partida, a pegada exibida contra o tricolor gaúcho, no primeiro tempo, tem condições de somar mais três pontos e encostar definitivamente no líder São Paulo e no vice-líder Internacional.

Os incríveis feitos de Jorge Jesus, quem diria, podem ser batidos por um patrício bem mais jovem e com currículo incipiente, mas que tem chances de ganhar agora, numa mesma temporada, o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores (Jesus perdeu a Copa do Brasil). Elenco para isso, já está claro, não lhe falta. E seu trabalho é, indiscutivelmente, muito bom.

Renato Gaúcho, por sua vez, deixou o Allianz Parque no G-4 e ainda com chances de sonhar com o título. Mas tem motivos para voltar a Porto Alegre preocupado. Levou um banho de bola no primeiro tempo, conseguiu equilibrar no segundo, empatou no finalzinho e quase virou numa cobrança de falta de Diego Souza (autor do gol gremista), mas sabe que enfrentou um Palmeiras sem vários titulares importantes.

Para as finais da Copa do Brasil ele precisa, entre outras coisas, acordar o seu camisa 10, Jean Pierre, que tem muito talento, mas por vezes parece jogar com o freio de mão puxado. Pepê é outro que caiu muito de produção nos últimos jogos. E Diego Souza, sozinho, nem sempre fará milagre.