Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Vá com Deus, Coringa! Muito obrigado e volte logo.
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O Flamengo derrrotou o Fortaleza, um adversário muito bem armado pelo técnico argentino Juan Vovjoda e que estava invicto após cinco rodadas. Ótimo resultado. A atuação, no segundo tempo, nem tanto. O melhor do jogo foi Bruno Henrique (autor dos dois gols da vitória por 2 a 1) e o pior, incompreensivelmente mantido em campo até o fim, Michael - que nem deveria ter sido escalado como titular. A noite, porém, foi de outro jogador.
Um rubro-negro que, quando menino, muitas vezes chorou nas derrotas do time do seu coração e agora, de saída, não conseguiu segurar as lágrimas, após um triunfo que marcou sua despedida, após passagem brilhante e extremamente vitoriosa, com as conquistas de uma Libertadores, dois títulos brasileiros, duas Supercopas do Brasil, dois estaduais e uma Recopa Sul-Americana.
- Um sonho realizado - confessou, com os olhos cheios d'água,
Digam o que quiserem, a verdade é que quem conhece bem Gerson sabe que ele não queria sair. Aceitou a transferência porque o pai é seu agente e está ganhando uma belíssima comissão. Sai também porque o Flamengo precisa fazer caixa para cumprir um orçamento delirante, que previa, entre outras alucinações, público nos estádios em meio a uma pandemia feroz.
Impossível não se emocionar com sua entrevista pós-jogo. Impossível não sentir saudades, antes mesmo da primeira partida na qual não estará mais presente. Thiago Maia, João Gomes, Hugo Moura, William Arão de volta à cabeça de área? Opções não faltam e nem acho que seja necessária uma contratação para reforçar o elenco nessa posição.
Seja qual for o escolhido, porém, uma coisa é certa. Igual ao Coringa, ninguém será. Que o time consiga continuar forte, mesmo sem ele. Afinal, como o próprio Gerson disse, ele voltará a ser apenas um torcedor. E o Flamengo não tem o direito de fazê-lo sofrer. Ao menos até a sua volta.
Covardia lamentável
Quando, anteriormente, Gabigol e Gérson saíram cuspindo marimbondos e chutando tudo, ao serem substituídos, Rogério Ceni botou o galho dentro. Agora, com Pedro, que fez o mesmo, resolveu bancar o valente e o criticou em entrevista coletiva, classificando sua atitude como lamentável. Covardia. Esse é o tipo de coisa que se resolve internamente. Ainda mais com um jogador jovem que está com a cabeça a mil, por ser impedido de disputar a Olimpíada, como é o caso.
A ressaca das ressacas
Para quebrar o jejum de tantos anos sem título, o São Paulo jogou todas as fichas no Paulistinha e está pagando o preço neste início do Brasileiro. Claramente, virou o fio e as diversas contusões musculares são a evidência mais clara desta aposta discutível, ao dar tanta importância (e foco) num mero campeonato estadual. Se o tricolor paulista acabar a temporada apenas com esse título, sua torcida ficará satisfeita? Óbvio que não. O tal papo da "Copa do Mundo" foi uma furada colossal.
Elenco fraco?
O Palmeiras tem um dos três melhores elencos do país - os outros são o Flamengo e o Atlético Mineiro. Atribuir à falta de reforços os maus resultados do início do Brasileiro é uma desculpa esfarrapada do técnico Abel Ferreira, que me dá a impressão de estar começando a avaliar seriamente a possibilidade de voltar pra "terrinha". O que, diga-se de passagem, seria uma pena. Ele ainda tem condições de continuar o bom trabalho que faz no Verdão. Basta parar com o chororô.
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