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Renato Mauricio Prado

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Da goleada em Assunção ao quadril de Rodrigo Caio

12/08/2021 02h03

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A doída lembrança da eliminação pelo América do México, na Libertadores de 2008, ainda recomenda alguma cautela. Mas só um desastre colossal impedirá a passagem do Flamengo para as semifinais do principal torneio do continente. O Olímpia de agora é muito mais fraco que aquele América de Salvador Cabañas e o rubro-negro de Renato Gaúcho, bem mais forte que o time dirigido por Joel Santana - que se despedia justamente no dia, para assumir o comando da seleção da África do Sul.

Após a inesperada goleada sofrida diante do Internacional, um novo revés poderia tumultuar o excelente início de trabalho de Portaluppi no Fla. Não aconteceu. Com excelentes atuações de três dos seus quatro "avançados", como os chamava Jorge Jesus, a vitória por 4 a 1 pode ser considerada até modesta tantas foram as chances criadas e desperdiçadas para marcar. Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta desfilaram em Assunção. Só Éverton Ribeiro (o único que jogara bem contra o Inter) destoou. Mas sua atuação discreta não comprometeu o rendimento do ataque como um todo.

O jogo poderia ter se complicado, é verdade, não fosse uma intervenção (corretíssima) do VAR. Com o placar de 1 a 0 a favor dos brasileiros, ainda no primeiro tempo, Arrascaeta sofreu pênalti que o juiz não viu e, na sequência da jogada, Filipe Luís levou o segundo amarelo e, consequentemente, o vermelho. O árbitro de vídeo, entretanto, alertou o de campo e a penalidade máxima foi marcada e a expulsão anulada, pois foi posterior à falta sobre o uruguaio.

Com 2 a 0 no placar, o Flamengo ainda sofreu um gol no finalzinho da primeira etapa, mas na volta do intervalo, logo marcou 3 a 1 e praticamente decidiu o jogo. Começou então a série de gols perdidos que faria a torcida ir dormir com gosto de cabo de guarda-chuva na boca, não tivesse Vitinho marcado o quarto nos minutos finais.

O Olímpia agora precisa de uma vitória por 4 a 0, no Mané Garrincha, para se classificar, ou 4 a 1, para levar para os pênaltis. Nem que Roque Santa Cruz tivesse 20 anos. Ele hoje tem 39 (faz 40 no dia 16) ...

O quadril de Rodrigo Caio

O departamento médico do Flamengo fala em "reequilíbrio muscular". Mas a verdadeira contusão de Rodrigo Caio é no quadril. E é séria. O jogador tem atuado na base de infiltrações de analgésicos. E não consegue fazer uma sequência de jogos. Não custa lembrar foi exatamente uma lesão como essa que acabou com a carreira de Gustavo Kuerten, o Guga.