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RMP: A comovente preocupação com Pedro
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Chega a ser cômica a inquietação de tanta gente com a situação de Pedro, no Flamengo. Todos aqueles que não se conformaram com o veto do clube rubro-negro à sua participação na Olimpíada de Tóquio agora praticamente exigem que ele jogue ou saia! E até teorias mirabolantes, como a de que estaria na "geladeira" por ordem da diretoria são lançadas ao vento.
Se esquecem que ele foi contratado, por uma pequena fortuna, ganhando um belíssimo salário, para fazer exatamente o que tem feito: ser um excelente reserva para Gabigol, um dos maiores artilheiros da história do Fla. E, desde o início, aceitou muito bem a situação.
Pedro é um ótimo centroavante? É, embora desde que tenha retornado da equipe olímpica, com Covid, não tenha sido o mesmo - há oito jogos não balança a rede e em dois deles iniciou como titular.
Seria muito interessante encontrar uma solução tática para que ele e Gabi, eventualmente, formassem uma dupla de goleadores? Até poderia ser, mas, desde os tempos de Jorge Jesus, o Flamengo já tem um par de atacantes excepcionais e mortíferos: Gabriel e Bruno Henrique.
Em um calendário insano como o brasileiro, certamente, não faltarão oportunidades para que Pedro jogue e volte a demonstrar toda a sua capacidade de fazer gols. Os principais times europeus se cansam de alternar seus jogadores e há reservas excepcionais em praticamente todos eles. Mas aqui, no caso de Pedro, parece que isso é um absurdo inaceitável, um crime de lesa futebol.
Tudo isso porque Pedro poderia ser titular em quase todas as outras equipes brasileiras. É verdade. Mas quem o comprou foi o Flamengo. Para ser reserva de Gabigol. Fim da discussão
Em tempo: no empate com o Ceará, Pedro deveria ter entrado mais cedo. No intervalo, quando já era evidente que muitos jogadores estavam rendendo bem menos que o habitual. Poderia, por exemplo, ter substituído Éverton Ribeiro, com Gabigol caindo mais pela direita. Renato, porém, demorou a mexer. E acho que mexeu muito mal.
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