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RMP: Flamengo e Atlético Mineiro sobram no futebol brasileiro
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Vamos falar francamente? Flamengo e Atlético Mineiro são os melhores times e os melhores elencos do Brasil, no momento. O Palmeiras está um degrau abaixo. Natural, portanto, que se imagine que os dois decidirão, entre eles, os três principais títulos da temporada: o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores.
Se no campeonato nacional muita água ainda rolará por debaixo da ponte, na Copa do Brasil e na Libertadores, confrontos diretos entre o rubro-negro carioca e o alvinegro mineiro, nas finais, estão cada vez mais próximos. Algum dos dois pode ser considerado favorito? Acho que não.
A chegada de Diego Costa ao time de Cuca abre a possibilidade de uma dupla de ataque avassaladora com Hulk (sua entrada, no segundo tempo, diante do Fluminense, mudou o jogo). Da mesma forma, a contratação de David Luiz e o retorno de Rodrigo Caio permitem que a equipe de Renato sonhe com uma dupla de zaga inexpugnável. Imaginem o duelo entre esse quarteto!
Há ainda obstáculos no caminho: na Copa do Brasil, o Flamengo precisa superar o Athletico Paranaense e o Atlético Mineiro, o Fortaleza. E, na Libertadores, o rubro-negro tem pela frente o Barcelona de Guayquil e o alvinegro, o Palmeiras. Zebras são possíveis? Claro que sim. Mas, principalmente, na Copa do Brasil é difícil imaginar que o Urubu carioca e o Galo mineiro não cruzem seus bigodes na grande final.
Cuca vem fazendo um trabalho admirável no Atlético Mineiro e Renato Gaúcho bate todos os recordes em seu início espetacular no Flamengo. Tem inacreditáveis 89,6% de aproveitamento em seus primeiros 16 jogos no comando do time (14 vitórias, um empate e uma derrota). É mais um confronto especial nestas finais que cada vez mais se aproximam.
Quarenta anos depois, um grande duelo está prestes a se repetir. Nos anos 80, o Flamengo de Zico, Júnior, Leandro e cia. levou a melhor sobre o Atlético Mineiro de Reinaldo, Éder, Cerezo, Palhinha etc. Dois timaços! E agora? Há enorme sede de vingança do lado mineiro. Os próximos capítulos desta emocionante novela prometem.
E o São Paulo?
Aquela história de que o Paulistinha era a Copa do Mundo do São Paulo sempre me cheirou a uma imensa bobagem. Está aí o resultado: Muricy chorou, todo mundo se emocionou e coisa e tal, mas depois do título paulista, o São Paulo só faz decepcionar sua torcida. Não disputa mais nada na temporada de 2021, a não ser a permanência na Série A. Triste.
Dizem as más línguas que Rogério Ceni já está aquecendo para reaparecer no Morumbi. Os gozadores perguntam se é para assumir o gol (que frangaço de Volpi!) ou o lugar de Hernán Crespo.
Cirúrgico
Renato Gaúcho acertou na mosca ao tirar Gabigol e colocar Pedro, no segundo tempo de um jogo que era muito mais brigado que jogado, entre os times mistos de Flamengo e Grêmio. Se o camisa nove estava nervosíssimo, brigando com os adversários, o juiz e até Felipão, treinador do Grêmio, o reserva entrou iluminado e fez os gols que garantiram uma vitória que nem era necessária, mas foi importante para garantir o alto astral do grupo e o excepcional aproveitamento do treinador.
Éverton Ribeiro foi o craque do jogo - pelo visto, enfim, trouxe de volta o futebol que tinha esquecido na Granja Comary. Mas Pedro brilhou, Michael também voltou a jogar bem, Thiago Maia mostrou que está pedindo passagem e Matheusinho não pode ser reserva de Isla.
Renato está cheio de coringas na manga. Basta saber usá-los.
Decepção
Foi uma grande frustração a estreia do trio Messi, Neymar e Mbappé na Liga dos Campeões. Dos três, apenas o francês jogou bem. O argentino e o brasileiro ficaram devendo. Parece que ainda não sabem exatamente quais suas funções no time de Pochettino. Acredito que, naturalmente, os três supercraques se entenderão. Mas ainda são necessários ajustes.
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