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RMP: Futebol gaúcho é o grande fracassado do Brasileirão
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Acabou o Brasileirão com um campeão indiscutível: o Atlético-MG, que terminou 13 pontos à frente do segundo colocado, o Flamengo. Mas qual terá sido o maior fracasso do campeonato?
Torcedores do Grêmio, provavelmente, dirão que foi o seu time, rebaixado pela terceira vez na história, com um elenco que, ao menos no papel, não deveria ter acabado na 17ª colocação.
Tricolores paulistas podem também reivindicar o posto, lembrando a decadência do São Paulo, após a conquista do Paulistinha, com direito a abandono de Daniel Alves, queda de Hernán Crespo e desilusão com o trabalho do eterno ídolo Rogério Ceni.
Muitos rubro-negros cariocas talvez sejam capazes de querer incluir o Flamengo na lista da vergonha, tamanha era a expectativa pelo tri consecutivo do Brasileiro, o tri da Libertadores e, por que não, a conquista da Copa do Brasil. Não ter alcançado nenhum desses títulos gerou inegável sensação de fracasso. Mas me parece bem mais correto usar o termo decepção. Não foi uma temporada fracassada, mas decepcionante.
O maior fiasco do campeonato nacional foi, na verdade, o do futebol gaúcho. Incapaz de fazer valer, no mínimo, a lei da gangorra: quando o Inter está bem, o Grêmio está mal e vice-versa. Na temporada de 2021, ambos foram desastrosos. E o Juventude, não custa lembrar, escapou do rebaixamento na última rodada, graças a um gol de pênalti, marcado pelo VAR, contra o Corinthians.
Tradicional potência do nosso futebol, vide as inesquecíveis equipes do Grêmio e do Internacional, campeões brasileiros, da Libertadores e do Mundo, o futebol gaúcho naufragou de forma catastrófica no Brasileirão 2021. Após a saída de Renato Gaúcho, os tricolores empilharam técnicos (Thiago Nunes, Luiz Felipe Scolari e Vagner Mancini) e passaram 90% das rodadas no Z-4. Caíram com total "merecimento".
Já os colorados, com um elenco teoricamente forte, também se perderam na troca dos treinadores (apostaram tudo em Miguel Angel Ramirez e o queimaram, nos primeiros tropeços) e nem a volta de um antigo ídolo, o uruguaio Diego Aguirre, foi capaz de colocar o Inter na disputa em qualquer momento do campeonato. Em 12º lugar, o Inter terminou o torneio apenas cinco pontos à frente do rebaixado Grêmio. Um desastre.
Dirigentes caricatos e folclóricos como vice de futebol gremista, Denis Abrahão, ajudam muito a entender a decadência de um centro que já foi de excelência e hoje amarga inegável ocaso.
Posturas como as de jogadores importantes, como Douglas Costa (que queria dispensa para uma festa de seu casamento, realizado há meses, nas vésperas do último e decisivo jogo do ano) também.
O Grêmio caiu e, como o Cruzeiro e o Vasco estão demonstrando, não será fácil voltar. O Internacional que se cuide. Que saudades dos tempos de Paulo Roberto Falcão, De Leon e outros tantos. O futebol gaúcho tem lugar de honra na história do nosso futebol. Mas em 2021 foi um mico só!
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