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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

RMP: Thiago Silva deu uma mão, mas o Palmeiras segue sem Mundial

12/02/2022 16h11Atualizada em 12/02/2022 17h58

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Thiago Silva quase assumiu o papel de Andreas Pereira, na final da Libertadores, cometendo um pênalti tão infantil quando desnecessário, que ajudou a levar o Palmeiras à prorrogação do Mundial. Outra penalidade do gênero, entretanto (dessa vez de Luan), garantiu o primeiro título mundial do Chelsea, com a vitória por 2 a 1, no tempo extra.

Na primeira etapa, o Chelsea chegou a ter mais de 70% de posse de bola, mas não levou grande perigo ao gol de Weverton, diante da ferrenha e muito bem armada retranca do Palmeiras, que até arriscou alguns poucos contra-ataques, desperdiçados por erros no último passe ou na conclusão.

Após o intervalo, os ingleses seguiram absolutos até Lukaku abrir o placar com uma cabeçada certeira, após cruzamento na medida de Udson-Odoi. E, por pouco, não fizeram o segundo gol, em chute de Pulisic. Pairava no ar a impressão de que o Mundial começava a se decidir a favor dos europeus.

Aí, entrou em ação o veterano zagueiro da seleção brasileira Thiago Silva, metendo infantilmente a mão na bola, dentro da área, em pênalti marcado corretamente pelo VAR que incendiou a partida.

Como um jogador da sua experiência achou que tal falta (absolutamente desnecessária) passaria despercebida, com tantas câmeras no campo e o recurso do árbitro de vídeo? Inacreditável! Raphael Veiga, até então apagadíssimo, bateu e empatou.

A partir daí, o jogo mudou. O Chelsea até voltou a controlar a posse de bola, mas o Palmeiras já acreditava mais na possibilidade da vitória. Thomas Tuchel e Abel Ferreira mexeram (tirando, entre outros, os dois goleadores, Lukaku e Raphael Veiga) e o duelo seguiu na mesma toada. Os ingleses controlando a posse de bola, sem grande efetividade, e os brasileiros contra-atacando com maior disposição, mas igualmente sem colocar em perigo a baliza de Mendy.

Encerrado o tempo normal, a equipe de Tuchel parecia bem mais desgastada fisicamente que a de Abel. E veio a prorrogação - mais uma do Palmeiras na era do português, que vencera assim a Libertadores contra o Flamengo.. Prenúncio de outro título e do fim da fila nos Mundiais?

A prorrogação seguiu o script do tempo normal. O Chelsea com a bola, alugando o campo ofensivo, sem encontrar espaços na defesa do Palmeiras, que, extremamente recuado, chegava a se defender com uma última linha de seis à frente de sua área. Cheiro de pênaltis no ar.

O destino, porém, trouxe apenas uma penalidade máxima, num toque involuntário de Luan dentro da área. Havertz cobrou e botou novamente os ingleses em vantagem. Só então Abel Ferreira mandou seu time de vez ao ataque. Era tarde. O Palmeiras continua sem Mundial.