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RMP: Paulo Sousa foi covarde e teimoso ao insistir com Diego Ribas
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O Flamengo jogou bem contra o Atlético Mineiro. No tempo regulamentar, foi melhor que o campeão brasileiro e da Copa do Brasil e poderia ter vencido se, após virar o placar para 2 a 1, Paulo Sousa não tivesse feito uma substituição tão equivocada quanto estapafúrdia e covarde.
Ao substituir Bruno Henrique, exausto e com câimbras, em vez de optar por outro atacante - e ótimas opções não faltavam, como Pedro e Marinho - fez entrar Diego Ribas, ineficiente dublê de meio-campo e volante, recuando e chamando o adversário para o seu próprio campo e, pior, deixando o rubro-negro sem a possibilidade de contra-ataque eficiente.
Logo veio o empate e poderia ter ocorrido até a derrota. O que seria um justo castigo à decisão infeliz do treinador que, na entrevista coletiva pós-jogo, preferiu, estranhamente, falar da falta de "fome de conquistas" do elenco que ganhou praticamente tudo em 2019 e no início de 2020".
O novo Mister que me perdoe, mas em Cuiabá, na decisão de seu primeiro título à frente do Flamengo, o que faltou foi coragem de sua parte, para continuar atacando o Atlético Mineiro, depois de se colocar em vantagem. Ao trocar um atacante incisivo por um jogador de meio-campo, cada vez mais improdutivo, agiu como treinador de clube pequeno, aflito em defender a vantagem mínima. Decepcionante.
Será Sousa mais um técnico preocupado em "ganhar a simpatia" de um dos líderes da "geração 85" e do elenco? Se for o caso, pode ter vida curta no rubro-negro, pois a torcida não o perdoará por isso.
Observações importantes
- O Flamengo precisa urgentemente de um goleiro para ser titular. Hugo tem potencial, mas não está pronto. Voltou a falhar em jogo importante. Bateu roupa, no lance do primeiro gol, e chutou para fora a chance da redenção, na sua vez na cobrança dos pênaltis. Diego Alves também não tem mais condições físicas de ser o grande goleiro que já foi.
- João Gomes não pode mais sair do time. Está jogando uma barbaridade. Marcos Braz e Bruno Spindel se comprometeram a pagar R$ 63 milhões por um jogador (Andreas Pereira) que vai acabar na reserva. Esse dinheiro poderia ser usado na contratação de um goleiro e de mais um zagueiro e a contratação do meio-campo do United analisada no meio do ano, após ver como ele reagirá à falha clamorosa na final da Libertadores.
- Gabigol deveria ter batido, na série extra, logo depois de Hulk. Mas a declaração de Diego, ao ser abordado a respeito ("Perguntem a ele") foi, no mínimo, infeliz. Cheirou a racha no elenco. Tudo o que o Flamengo não precisa no momento.
- O Atlético Mineiro, do Turco Mohamed, repete a eficiência da equipe de Cuca, sem grandes mudanças táticas. Se o Flamengo, de Paulo Sousa, já se mostrou capaz de encará-lo de igual para igual, bem no início do trabalho, é razoável imaginar que o rubro-negro tem muito a evoluir e a torcida pode sonhar com melhor sorte na atual temporada.
- Em resumo: o que machucou a torcida não foi exatamente a perda do tri da Supercopa, mas a forma como ela aconteceu. No tempo normal, por conta de substituições desastradas de seu técnico (tirar Arrascaeta também beirou o absurdo, por mais que o uruguaio estivesse cansado) e, acima de tudo, nas cobranças de pênaltis, ao desperdiçar quatro vezes a oportunidade de levantar o caneco.
- A decisão do Supercopa 2022, assim como fora a de 2021, foi um belo jogo de futebol.
- É bom não perder para o Botafogo, Sousa... E o tetra carioca começa a ser visto como obrigação.
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